| Foto: Philippe Lima |
Principal orientação da
Polícia Civil é identificar, especialmente, crianças, adolescentes e idosos
O Governo do Rio de Janeiro lançou, nesta terça-feira (18/02), uma
ação de prevenção e enfrentamento ao desaparecimento de pessoas durante o
Carnaval deste ano. Liderada pela Coordenadoria de Desaparecidos, da
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH), a
iniciativa tem por objetivo sensibilizar a sociedade civil para o tema. De
acordo com a pasta, há um aumento da possibilidade de pessoas desaparecem ou se
perderem em grandes eventos, especialmente crianças, adolescentes, idosos e
pessoas em vulnerabilidade mental.
- Da mesma forma que é importante amparar as famílias de pessoas
desaparecidas, prevenir também é fundamental para evitar que tais fatos
aconteçam em nosso estado. O trabalho de enfrentamento da Coordenadoria de
Desaparecidos e do programa SOS Criança Desaparecida da Fundação da Infância e
Adolescência (FIA) mostra o quanto já avançamos e ainda é preciso evoluir. A
política pública de enfrentamento ao desaparecido é uma causa de Estado –
afirmou a secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Fernanda
Titonel.
Durante o período da folia, panfletos serão entregues ao município do
Rio de Janeiro para que sejam distribuídos à população. O material é
informativo e fornece orientações em como prevenir e agir em caso de
desaparecimento de familiares ou amigos. Criada em janeiro de 2019 pelo Governo
do Estado, a Coordenadoria de Desaparecidos do Rio de Janeiro é a única no país
e, recentemente, foi considerada modelo para outros estados pelo governo
federal.
- Sabemos que o melhor caminho para a redução dos números altíssimos
de desaparecidos no Rio de Janeiro é a prevenção. É preciso falar sobre o
assunto nas escolas, com as autoridades e com a população em geral. Temos, em
média, cerca de 15 pessoas desaparecidas na Baixada Fluminense. Em alguns
municípios da região, os números são maiores até mesmo do que os crimes de
homicídios. Por isso, quanto mais falarmos sobre a causa, mais importância
damos ao tema – disse a coordenadora de Desaparecidos da SEDSODH, Jovita
Belfort.
| Foto: Philippe Lima |
Polícia Civil dá orientações para identificação
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros, da Secretaria de Polícia
Civil, existe há cinco anos e atua diretamente em casos de pessoas
desaparecidas no estado. Segundo a titular, a delegada Elen Souto, é de extrema
importância realizar a identificação correta das pessoas, principalmente de
crianças, adolescentes, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade
(deficientes metais).
- Do ponto de vista policial, esse é o grande diferencial neste
período festivo em todo o país. A orientação que damos aos familiares destas
pessoas é que estejam identificadas com pulseiras, onde constem o nome completo
e o número do documento de identidade. Não recomendamos colocar o número de
telefone, pois a família pode ser alvo de trote ou extorsão. Se um agente de
segurança encontrar a pessoa, certamente saberá conduzir a situação para o
encontro do seu familiar – explicou a delegada.
RJ: 400 desaparecimentos por mês
| Foto: Philippe Lima |
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), em 2019 o
Estado do Rio de Janeiro registrou 4.768 casos de desaparecimento de pessoas. A
média é de aproximadamente 400 pessoas desaparecem a cada mês. Por dia, são
registrados em torno de 15 casos, a maioria na capital e na Baixada Fluminense.
O Ministério Público, que mantém a Assessoria de Direitos Humanos e de Minorias
(ADHM/MPRJ), apresentou mais números alarmantes.
- Estamos falando de algo em torno de 500 registros de desparecimentos
por mês só no estado do Rio de Janeiro. São 700 mil pessoas desaparecidas em
uma década no Brasil. Estes são números assustadores. O Ministério Público tem,
desde 2017, um sistema nacional de localização e identificação de pessoas
desaparecidas e já conta, atualmente, com 70 mil inscritos – falou a assessora
de Direitos Humanos e Minorias do MPRJ, a promotora de Justiça Eliane de Lima
Pereira
Ação da FIA na Rodoviária Novo Rio
O programa SOS Criança Desaparecida, da Fundação da Infância e
Adolescência (FIA), também promoverá a distribuição de pulseiras de
identificação para crianças e ações de conscientização em pontos de grande
concentração de pessoas, como a Rodoviária do Rio, nesta quinta (20) e
sexta-feira (21), das 9 às 15 horas.
Também estiveram presentes no evento a presidente da FIA, Ana
Mantuano, o coordenador do SOS Criança Desaparecida, Luiz Henrique Oliveira, o
deputado estadual Bruno Dauaire, e o subsecretário de Direitos Humanos da
SEDSODH, Thiago Miranda.
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