Ex-funcionário
do Banco Paulista delatou repasse de propinas milionárias para funcionários do
BC.
Paulo Cesar
Haenel, ex-funcionário da mesa de câmbio do Banco Paulista,
delatou R$ 20 milhões em propinas para funcionários do Banco Central.
A propina teria
sido paga para agilizar o trâmite de importação de dinheiro em espécie de
bancos paraguaios, entre 2008 e 2015, segundo informação revelada pela revista Crusoé.
O acordo foi
firmado com a força-tarefa da operação Lava Jato. O Banco
Paulista foi alvo da 61ª fase das investigações, deflagrada em maio de 2019.
A instituição
financeira é suspeita de lavar dinheiro do departamento de propinas da Odebrecht.
De acordo com
as investigações, entre 2009 e 2015, R$ 52 milhões foram
lavados por meio da celebração de contratos falsos com o banco.
Em junho de
2019, Paulo Cesar foi um dos três denunciados pela Lava Jato. A denúncia aponta
que a cifra teria sido lavada por meio de 434 transferências bancárias a sete
empresas de fachada de operadores do departamento de propinas da empreiteira
Odebrecht.
Em nota,
segundo o site UOL,
o Banco Central esclarece:
“[O BC não
foi] comunicado sobre o conteúdo do referido processo, que corre em segredo de
Justiça. O BC esclarece, ainda, que todas as instituições autorizadas a operar
em câmbio podem também realizar operações de importação e de exportação de
dinheiro em espécie, sem depender para isso de qualquer outra ação ou
autorização desta Autarquia. Por fim, o BC ressalta que seus processos de
regulação, autorização e fiscalização são executados com elevado padrão de
governança, gestão e auditoria.”
Em nota enviada
à RENOVA, o Banco Paulista rebate as declarações do ex-funcionário e “esclarece
que não está nem esteve em Recuperação Judicial”:
“O Banco
Paulista esclarece que não está nem esteve em Recuperação Judicial. Os alvos da
Operação Lava Jato são três ex-colaboradores da instituição. Os acionistas e a
diretoria do Banco Paulista reafirmam que mantêm uma relação ética no mais alto
nível de respeito e de profissionalismo junto ao Banco Central do Brasil. E que
desconhecem e repudiam veementemente a prática mencionada na matéria intitulada
‘Delator cita propina de R$ 20 milhões a funcionários do BC'”.
RENOVA Mídia
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