Chave de
fenda foi apreendida na casa da mulher que usou ferramenta
para abortar em Petrópolis, no RJ — Foto:
Polícia Civil/ Divulgação
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Mulher
morreu na UPA de Petrópolis, RJ, e corpo de bebê foi encontrado no porta-malas
no dia seguinte. Corpo de Raquel foi exumado e laudo de necropsia apontou
lesões no útero compatíveis com a ferramenta encontrada na casa dela.
Investigações
da Polícia Civil de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, apontam que Raquel de
Souza Paulino usou uma chave de fenda para induzir o parto antes de matar o
bebê asfixiado no início deste mês. Ela morreu três dias depois ao dar entrada
em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
Já o corpo
de bebê foi encontrado no dia seguinte no porta-malas do carro que
Raquel usou para ir para a UPA.
O corpo
de Raquel foi exumado e, segundo a polícia, o laudo de necropsia
apontou lesões no útero compatíveis com a ferramenta encontrada na casa dela.
A chave de
fenda passou por exame de luminol que comprovou a presença de sangue. A perícia
também constatou sangue no banheiro da casa da mulher.
Corpo do
bebê foi encontrado no porta-malas do carro
em
Petrópolis, no RJ — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
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O exame de
necropsia de Raquel apontou também que havia sinais nítidos de parto natural.
A polícia
aguarda agora o resultado do DNA. Segundo o delegado Claudio Batista Teixeira,
não há prazo determinado para que o exame fique pronto.
Depois disso, o
inquérito será relatado para o Ministério Público (MP) para ser arquivado, uma
vez que, segundo a polícia, não há indícios de envolvimento de outras pessoas
no crime.
Bebê também
teve queimaduras
O delegado
disse que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que o bebê foi
morto por asfixia e tinha sinais de queimadura de terceiro grau em
diversas partes do corpo.
De acordo com a
polícia, a criança era do sexo feminino, tinha 49 cm de comprimento e pesava 3
kg.
A polícia
afirmou ainda que o bebê estava enrolado em um vestido azul marinho e foi
encontrado com dois sacos plásticos na cabeça, junto com porção de palha e
pedaços de carvão.
Corpo de
mulher foi exumado na tarde desta quarta
em Petrópolis, no RJ - caso bebê
Foto:
Gladstone Lucas / Inter TV
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Família não
sabia da gravidez
Ao longo das
investigações, a polícia ouviu parentes e amigos de Raquel.
De acordo com o
delegado, eles afirmam que não tinham conhecimento sobre a gravidez apesar dela
brincar eventualmente de que estava grávida de gêmeos, mas depois voltava atrás
dizendo que a barriga estava inchada.
Nos últimos
meses, a mulher chegou a sair de licença do emprego por conta de fortes dores
nas costas e a família chegou a achar que ela pudesse estar com algum problema
renal por conta do inchaço.
Por Aline Rickly, G1 — Petrópolis
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