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Jesús
Santrich faz sinal a fotógrafos durante sessão da Câmara
em Bogotá,
no dia 12 de junho — Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Decisão foi
tomada após Jesús Santrich faltar à audiência de caso que investiga se ele
enviou mais de 10 toneladas de drogas aos EUA. Eleito para o Congresso, ele
driblou seguranças durante evento e sumiu no dia 30 de junho.
A Corte Suprema
de Justiça da Colômbia determinou nesta terça-feira (9) a prisão do congressista
Jesús Santrich, ex-líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc),
e pediu que ele seja incluído na lista de alerta vermelho da Interpol.
A decisão foi
tomada depois de Santrich não comparecer a uma audiência de um caso que
investiga se ele enviou mais de 10 toneladas de drogas aos Estados Unidos
enquanto ainda era um dos principais líderes da antiga guerrilha colombiana.
"Resolveu-se
expedir ordem de captura (contra Santrich) com fins indagativos pelos crimes de
comum acordo para delinquir, fabricação, tráfico e porte de
entorpecentes", afirmou a ordem da Corte Suprema enviada à Interpol.
A decisão foi
tomada pela Sala Especial de Instrução da Corte Suprema de Justiça da Colômbia,
que considerou que o congressista não justificou sua ausência na audiência.
O processo
contra Santrich corresponde a um crime que teria sido cometido depois de 1º de
dezembro de 2016, quando entrou em vigor o acordo de paz assinado pelo governo
da Colômbia e as Farc em 24 de novembro do mesmo ano.
No entanto, em
maio, a Justiça Especial para a Paz (JEP), órgão criado a partir da assinatura
do pacto, concedeu a Santrich uma garantia de que ele não será extraditado aos
Estados Unidos. O tribunal argumentou que as provas apresentadas pelos Estados
Unidos eram insuficientes e passou o caso para a Corte Suprema de Justiça da
Colômbia.
Apesar da
garantia, no dia 30 de junho, Santrich driblou os seguranças que o acompanhavam
durante uma visita ao Espaço Territorial de Capacitação e Reincoporção (ETCR)
de Tierra Grata, no departamento de Cesar, no norte do país, e desapareceu.
O próprio
partido Força Alternativa Revolucionária do Comum, fundado após o
desmantelamento da guerrilha, afirmou hoje que está decepcionado com a postura
de Santrich e com a decisão do ex-líder do grupo de não comparecer à Corte
Suprema.
"Jesús
Santrich não é somente um militante do nosso partido, mas faz parte de nossa
direção e ocupa uma vaga na Câmara de Representantes. Ele têm responsabilidades
políticas muito sérias, com as quais todos contamos com ele. Ele nos decepciona
profundamente", afirmou o partido em comunicado.
A nova Farc
ainda se distanciou da decisão tomada por Santrich, afirmando que a conduta é
única e exclusivamente de responsabilidade do ex-líder da antiga guerrilha colombiana,
que não teria consultado os correligionários antes de não comparecer à
audiência.
O partido, no
entanto, ressalta que considera que houve "sucessivos erros" da Corte
Constitucional, da Justiça Especial para a Paz e do Conselho de Estado no caso
de Santrich.
Por Agência EFE

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