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Iván
Márquez, chefe da delegação de paz das Farc, fala à imprensa
em Havana, durante negociações com o governo
colombiano, em 2016
Foto:
YAMIL LAGE / AFP
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Iván Márquez
tinha até esta quarta (10) para contestar decisão, mas não se manifestou. Ele
não tomou posse e está foragido desde 2018, alegando que faltam garantias do
governo para que possa viver em sociedade com segurança.
O Conselho de Estado da Colômbia confirmou
nesta quarta-feira (10) que Iván Márquez, um dos ex-líderes das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc) e foragido desde o ano passado, perderá seu
mandato como senador por não ter tomado posse.
"Aplicar sanções aos que decidem não
serem empossados sem que ofereçam razões suficientes protege a reintegração
política coletiva de quem deixou as armas e evita que se frature novamente a
confiança depositada no acordo de paz", disse o juiz Alberto Montaña
Plata, que faz parte do Conselho de Estado da Colômbia, sobre a decisão.
O órgão já tinha determinado a perda do
mandato de Márquez no último dia 14 de junho, mas o ex-líder das Farc tinha até
esta quarta para questionar a decisão, algo que não ocorreu.
O Conselho de Estado da Colômbia ainda
afirmou que Márquez, que chefiou a delegação das Farc nas negociações de paz
com o governo, nunca teve intenção de assumir o cargo de senador, para o qual
deveria ter tomado posse em julho do ano passado.
Graças ao acordo de paz, a antiga guerrilha
se tornou o partido Força Alternativa Revolucionária do Comum, ganhando dez
cadeiras no Congresso, cinco delas no Senado e as demais na Câmara de
Representantes.
Em meados de 2018, Márquez afirmou que
viajaria para participar de uma reunião de ex-guerrilheiros em Miravalle, no
sul do país, e desde então não foi mais visto publicamente, embora publique
ocasionalmente comunicados sobre o processo de paz das Farc com o governo.
Márquez alega que faltam garantias do governo
para que ele possa viver em sociedade com segurança. Um dos argumentos usados
por ele é a prisão em abril do ano passado do também ex-guerrilheiro e ex-líder
das Farc Jesús Santrich.
Santrich é acusado pelo governo americano de
planejar o envio de 10 toneladas de cocaína ao país após a assinatura do acordo
de paz com a Colômbia.
Por Agência EFE

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