Deputada
Renata Souza - Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
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André Ceciliano
defendeu, em plenário, que a deputada não cometeu irregularidade ao denunciar o
governador Wilson Witzel à ONU
Rio - Depois de
uma reunião a portas fechadas, realizada entre o presidente da Alerj, André
Ceciliano (PT) e todos os integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Casa,
Ceciliano defendeu, em plenário, que a deputada Renata Souza (PSOL) não cometeu
irregularidade ao denunciar o governador Wilson Witzel (PSC) à Organização das
Nações Unidas e à Organização dos Estados Americanos por ter comandado operação
que usou helicóptero como plataforma de disparos sobre comunidade de Angra dos
Reis.
Ela foi alvo de
pedido de cassação feito pela base do governador, na semana passada. Segundo a
base do governador, Renata não poderia denunciar Witzel sem antes consultar
seus colegas que integram a Comissão de Direitos Humanos. Mas a parlamentar
comprovou que fez o pedido através de seu próprio gabinete, esvaziando a
denúncia.
"A
deputada agiu como parlamentar do seu mandato, tem autonomia. Não vamos cercear
o direito de nenhum parlamentar, quer seja de oposição, quer seja de situação.
O ofício encaminhado foi do gabinete da parlamentar, não foi da Comissão de
Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, ficou claro", disse Ceciliano, em
plenário.
Mas o pedido de
cassação por quebra de decoro, feito contra Renata, na semana passada, não será
arquivado. O requerimento, assinado por parlamentares do PSC, seguirá para a
Comissão de Ética da Casa, que vai analisar o pedido.
"Respeitamos
o que foi feito pelo PSC, uma notificação que vai correr normalmente,
tranquilamente. Precisamos primeiro garantir o exercício do mandato do
parlamentar, seja de oposição ou situação, o que é fundamental para a
democracia".
As declarações
de Ceciliano não foram suficientes para acalmar os correligionários de Witzel.
"Estamos
aguardando uma decisão do presidente. Só quem pode decidir sobre a
representação feita é o Conselho (de Ética). Talvez o presidente tenha acesso a
algum documento que nós não tivemos. Mas soubemos que houve uso do cabeçalho da
Comissão de Direitos Humanos", criticou o deputado Bruno Dauaire (PSC), um
dos que assinou o pedido de cassação.
Por Maria Luisa de Melo
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