A ministra
da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves,
durante reunião do Conselho de Governo
Foto: Marcos
Corrêa/Presidência da República
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A ministra da
Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves,
disse ao Blog que vai promover “grandes mudanças” na Fundação Nacional do Índio (Funai)
até o fim deste mês – e que avalia o nome do general do Exército Franklimberg
de Freitas para comandar o órgão.
“É uma
excelente indicação, estamos analisando. É um bom nome o general, íntegro e os
índios gostam muito dele”, afirmou a ministra à reportagem.
Franklimberg já
ocupou a presidência da Funai no governo Temer. Ele foi uma indicação do PSC.
Foi exonerado em 2017, após pressão de ruralistas junto ao Palácio do Planalto.
Assessores de
Damares afirmam que ele, além de general, tem origem indígena e, por isso,
teria o apoio de setores indígenas para comandar o cargo.
A ministra
Damares afirmou que ainda toma pé das atribuições de órgãos da pasta, como a
Funai – que saiu do Ministério da Justiça no governo Bolsonaro e migrou para o
ministério que chefia.
Segundo ela,
por conta de alguns “óbices jurídicos”, não assinou decisões do órgão como a
que exonerou a diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inacio, na
semana passada. Azelene era alvo de uma investigação do Ministério Público por
conflito de interesse.
Na semana
passada, o blog revelou o caso. Após a reportagem procurar o Ministério da
Justiça, a pasta disse que Azelene seria exonerada. Mas, segundo a ministra,
ela não viu ainda esta exoneração publicada – e não soube dar mais detalhes
sobre a saída da diretora: “ela estava trabalhando lá normalmente na
sexta-feira”.
Segundo o blog
apurou com fontes da Funai, Azelene é mais um dos casos do governo que resiste
a deixar o cargo, mesmo após a confirmação oficial do Ministério da Justiça de
que a exoneração dela já foi encaminhada para a Casa Civil na semana passada.
A diretora de
Proteção Territorial buscava apoio para presidir a Funai até a semana passada.
Com a troca do
comando da Funai, Damares deve também trocar toda a diretoria do órgão até o
fim de janeiro.
Por Andréia Sadi
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