Turista
catarinense Fabiane Fernandes, de 32 anos, desapareceu
em uma trilha na Região dos Lagos do Rio —
Foto: Reprodução/Inter TV
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Ele foi
levado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para prestar depoimento.
A Polícia Civil
prendeu na manhã desta sexta-feira (14) em São Carlos (SP) um suspeito de
envolvimento na
morte da empresária de Florianópolis (SC) Fabiane Fernandes, de 30
anos, em Arraial do Cabo (RJ). O rapaz de 22 anos foi levado para a Delegacia
de Investigações Gerais (DIG).
Policiais civis
do Rio foram a São Carlos com um mandado de prisão temporária de 30 dias contra
Matheus Augusto da Silva. As buscas começaram às 5h e o suspeito foi encontrado
por volta das 10h em uma clinica psiquiátrica de reabilitação próxima a Analândia
(SP), a 48 quilômetros de São Carlos.
Segundo o
delegado Michel Floroschk, que é do Rio de Janeiro e esteve em São Carlos para
efetuar a prisão, o rapaz foi apontado por outro homem que já está preso no
Rio. "Fizemos contato com a DIG de São Carlos, que nos auxiliou na captura
desse elemento. Ele foi reconhecido por uma testemunha como sendo a pessoa que
violentou e depois matou a turista", disse.
De acordo com o
delegado, o suspeito é investigado pelo crime de estupro e homicídio. "O
que a gente pôde percerber é que nos antebraços dele há marcas de unha, o que
nos leva a crer que houve uma luta corporal com a vítima", afirmou
Floroschk.
O suspeito
afirmou que estava acampado, mas nega as acusações. "Ele diz que esteve no
Rio, que esteve com a moça, mas que tais fatos não foram praticados por ele. A
versão dele vai ser confrontada com as provas no inquérito", disse o
delegado.
"Infelizmente
a moça fez uma trilha onde ele estava acampado com outra pessoa. Essa outra
pessoa já está detida no Rio e o apontou como sendo o autor do delito",
completou Floroschk.
A mãe do jovem
detido em São Carlos ficou desesperada com prisão do filho. Ela, que não quis
se identificar, disse que ele tem transtorno bipolar e que ficou sem contato
por mais de 30 dias.
De acordo com a
mãe, o filho teria ido para Campinas e, após conhecer um hippie, seguiu para o
Rio. Depois de um mês ele ligou para a mãe pedindo dinheiro para voltar.
Segundo o
delegado da DIG Gilberto de Aquino, o rapaz confirmou que estava perturbado
porque teve um desencontro amoroso com uma pessoa e, por isso, deixou a cidade
e foi para Campinas na casa de um familiar.
"Por meio
desse parente ele conheceu um hippie, que foi fazer artesanato em Arraial do
Cabo. Lá eles acampavam. Questinou sobre o crime, ele disse que estava lá na
época, mas a princípio ele negou o crime", relatou Aquino.
"Em um
primeiro momento, parece uma pessoa atormentada, que não tem muito
discernimento. Agora a gente vai precisar um exame de sanidade mental dele para
esclarecer a característica psicológica dele", completou o delegado
Floroschk.
para o Rio de Janeiro para prestar depoimento
sobre o estupro
e
assassinato de turista. — Foto: Fabiana Assis/G1
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O rapaz passou
por exame de corpo de delito e vai ser levado ainda nesta sexta-feira para o
Rio onde será ouvido pelo delegado Renato Mariano, responsável pela
investigação.
Desaparecimento
Fabiane desapareceu
em 18 de novembro depois de entrar em uma trilha em Arraial do
Cabo, na Região dos Lagos do Rio. O corpo
da turista foi encontrado após três dias de buscas. Ela estava sem
roupas e com lesões na cabeça e no corpo.
Exames
realizados no corpo apontaram que a vítima teve todos os ossos da face
quebrados e morreu por traumatismo
cranioencefálico.
Um vídeo
registrou Fabiane lanchando em uma loja de conveniência antes de
desaparecer em uma trilha. Ela esteve no estabelecimento por dois dias seguidos
para lanchar e tomar café da manhã. Segundo funcionários da loja, ela disse que
estava sozinha na cidade e que queria fazer a trilha do Pontal do Atalaia.
Um cão
farejador participou das buscas e localizou o corpo da empresária
na trilha da Prainha. A perícia da Polícia Civil encontrou documentos, roupas e
pertences da vítima no local.
Fabiane
administrava uma pousada da família na Praia dos Ingleses. Fabiane tinha um
filho de nove anos e cuidava da mãe, que é acamada.
Por Fabiana Assis e Fabio Rodrigues, G1 São
Carlos e Araraquara
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