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© Reuters O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vota
na eleição que o reelegeu: veto a opositores –
20/05/2018
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Os quatro
principais partidos da oposição da Venezuela ficaram inabilitados para
participar das eleições de vereadores de 9 de dezembro, informou o Conselho
Nacional Eleitoral (CNE) na terça-feira (11). O organismo é considerado
submisso ao presidente do país, Nicolás
Maduro.
Entre os
proibidos estão os partidos Primeiro Justiça, Vontade Popular, Ação Democrática
e Um Novo Tempo. Devido ao fato de não terem participado das eleições de
20 de maio, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi reeleito, o CNE ordenou
que essas legendas revalidem seus registros, com novo recolhimento de
assinaturas de seus filiados.
O Primeiro
Justiça, partido do ex-candidato presidencial Henrique Capriles, o Vontade Popular, do líder em prisão
domiciliar Leopoldo López,
e o Um Novo Tempo se negaram a atender à exigência, alegando ser ilegal. O
partido Ação Democrática também recursou-se a recolher novas assinaturas.
Os quatro
partidos estão na base da Mesa da
Unidade Democrática (MUD), a coalizão oposicionista que atuou nas
negociações fracassadas com o governo de Maduro e determinou a conduta da
oposição nas últimas eleições.
A Mesa
determinou, entre outros, o boicote às eleições presidenciais de maio passado,
por considerá-las um processo fraudulento. O pleito havia sido adiantado
pela Assembleia Constituinte, formada
exclusivamente por apoiadores do governo. Por essa razão, foi considerado
ilegítimo por vários países, entre os quais o Brasil.
Entre as
formações habilitadas pelo CNE a participar das eleições de dezembro estão o
governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e o Avançada
Progressista, do opositor Henri Falcón. Dissidente do chavismo, Falcón foi o
único candidato de oposição a descumprir a orientação da Mesa.
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