© Tomaz
Silva/Agência Brasil Marcelo Crivella,
prefeito do Rio pelo PRB
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Vereadores
governistas contabilizaram nesta quarta-feira, 11, pelo menos 30 votos, de um
total de 51, para barrar o pedido de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB) em sessão
extraordinária nesta quinta-feira, 12, na Câmara Municipal do Rio. A avaliação
de que o processo será barrado é feita até mesmo por fontes ligadas à oposição,
cuja disposição é desgastar ao máximo a base do prefeito.
Crivella foi
flagrado oferecendo a líderes religiosos supostas vantagens, como cirurgias
grátis para fiéis e facilidades para isenção de IPTU para templos. As ofertas
suspeitas foram feitas em reunião fechada no Palácio da Cidade, na semana
passada, revelada pelo jornal O Globo.
Nesta
quarta-feira, a avaliação da prefeitura e seus apoiadores era de que a oposição
não teria muito mais do que os 17 votos que conseguiu para aprovar o
requerimento de convocação da reunião. Para aprovar o impeachment, são
necessários 34 votos.
As articulações
do governo estão a cargo do secretário da Casa Civil, Paulo Messina. Quadro do
PRB e visto como “primeiro-ministro”, Messina obteve uma vitória nesta
quarta-feira. O prefeito demitiu
Cesar Benjamin, desafeto de Messina, do cargo de secretário de Educação.
Os dois secretários estavam em atrito.
Benjamin
publicou uma carta em sua página no Facebook comentando sua exoneração. “Toda a
articulação para a minha saída foi feita pelas minhas costas. Não recebi sequer
um telefonema. O prefeito agradeceu desta maneira a minha dedicação à causa da
educação.”
A prefeitura
não comentou a demissão. A Secretaria de Educação é considerada um ativo
importante na disputa política desta quinta-feira, na sessão que está marcada
para começar às 14h.
‘CPI da
Márcia’
A vereadora
Teresa Bergher (PSDB) anunciou esta quarta-feira que pedirá a abertura da “CPI
da Márcia” – em referência à servidora Márcia Nunes, que, na reunião com
líderes religiosos, foi citada pelo prefeito como a pessoa que poderia resolver
questões de saúde, como as cirurgias.
O Tribunal de
Contas do Município também vota nesta quinta-feira o julgamento das contas da
gestão do prefeito.
Protesto. Manifestantes
invadiram nesta quarta-feira a sede administrativa da prefeitura do Rio, no
Centro, e foram expulsos por guardas municipais. Eles pediam, com ironia, para
falar com “Márcia”. Segundo a prefeitura, o ato acabou em poucos minutos e o
grupo “só aceitou se retirar após um pedido da Guarda Municipal”.
O vereador
David Miranda (PSOL), que acompanhava os manifestantes, porém, relatou que a
corporação agiu com truculência. A Casa Civil negou.
Constança
Rezende
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