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Segundo o TRE, em caso de descumprimento, a pena é de multa de R$ 20 mil por "por cada ato" para o prefeito em exercício. Foto: Angel Morote / Arte ROJORNAL |
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) determinou a
revogação imediata dos contratos com todos os funcionários admitidos pela
Prefeitura de Rio das Ostras, entre abril e maio deste ano. Além disso, ainda
suspendeu todas as atividades relacionadas ao Programa Minha Casa, Minha Vida
no município. O Processo de Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi solicitado
pelo Partido Republicano Progressista - PRP na 184ª Zona Eleitoral de Rio das
Ostras.
De acordo
com o TRE, a decisão foi tomada a pedido do Ministério Público Eleitoral, que
investiga o possível uso do poder público para vantagens na eleição suplementar
para prefeito. Atualmente a cidade é administrada por Carlos Alberto Afonso
Fernandes (PSB), presidente da Câmara notificado pelo Tribunal Regional
Eleitoral no dia 3 de maio. Ele substitui Carlos Augusto Balthazar, retirado do
cargo por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2008.
Segundo o
TRE, em caso de descumprimento, a pena é de multa de R$ 20 mil por "por
cada ato" para o prefeito em exercício.
"O
investigado (Carlos Alberto Afonso Fernandes), em virtude de notória aliança
política celebrada com o 2º e 3º investigados, vem realizando, desde que
assumiu interinamente a chefia do Poder Executivo, uma série de contratações,
nomeações e designações de servidores, no âmbito da Administração Pública
Municipal, em proporção assustadoramente superior ao mesmo período no ano de
2017", diz a decisão.
Ainda de
acordo com o TRE, o programa Minha Casa, Minha Vida pode estar sendo utilizado
para fins eleitorais. Todas as atividades do programa estão suspensas até que a
eleição suplementar para prefeito seja realizada. Em caso de descumprimento, a
multa é de R$ 50 mil.
Em nota,
Carlos Afonso Fernandes afirmou "que todas as nomeações, substituições e
exonerações que foram feitas após o dia 3 de maio tiveram como foco a
manutenção dos Serviços Públicos". Ele ainda alega que "respeita e
acata a decisão judicial e que Prefeitura está tomando todas as medidas
necessárias para o cumprimento da determinação judicial".
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