Dona das
maiores reservas mundiais de petróleo, a Venezuela tem visto a sua economia
encolher durante o mandato do presidente Nicolás Maduro. De 1913 até este ano,
o Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano foi reduzido pela metade, segundo o
Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê uma inflação superior a 13.000%
em 2018 e um índice de desemprego de 36% até 2022.
Superar a grave
crise econômica, social e política será o maior desafio de Maduro. O que se
passa na Venezuela também preocupa os países vizinhos, que estão enfrentando
uma crise humanitária na região, pois eles não têm estrutura para absorver os
milhares de venezuelanos que fogem da hiperinflação e do desabastecimento.
A comunidade
internacional acompanha com atenção e cuidado os desdobramentos na Venezuela,
inclusive na análise sobre a possibilidade de impor sanções ao governo de
Maduro, cobrar a preservação dos direitos humanos e a autonomia dos três
Poderes.
Histórico
Em 2013, quando
Maduro assumiu o posto pelas mãos do amigo e padrinho Hugo Chávez (1999-2013),
o preço do barril de petróleo despencou no mercado internacional, e como o
produto representa 95% das exportações venezuelanas, a economia sofreu duro
golpe.
A crise
econômica repercutiu no cenário político: em 2015, pela primeira vez desde a
chegada do chavismo ao poder, a oposição saiu vitoriosa das eleições
legislativas. Desde então, Maduro – com o apoio do Poder Judiciário – tem
impedido o Parlamento de legislar e a oposição de convocar um referendo
revogatório (mecanismo previsto pela Constituição para reduzir o mandato
presidencial se o eleitorado estiver descontente).
A economia vive
um drama histórico, a dependência do petróleo – algo que os chavistas não
mudaram em 18 anos de governo. Chávez aproveitou a bonança petrolífera para
emitir títulos de dívida soberana – uma dívida que Maduro agora tem dificuldade
para pagar. Anos de falta de investimento também comprometeram a produção de
petróleo da Venezuela, que em 2017 caiu 13%.
Agência
Brasil
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