| Rio das Ostras Jornal
Caminhões bloqueiam três faixas do Rodoanel, entre as
rodovias Anchieta e Imigrantes, no sentido Anchieta
 (Foto: TV Globo/Reprodução)

Policiais rodoviários federais dizem que não desbloquearam rodovias por não ter havido bloqueio 'total', mesmo após liminares
Policiais argumentam que decisões judiciais só permitem agir quando há interrupção da via, tática evitada pelos manifestantes.
A série de decisões judiciais obtidas pelo governo Temer contra a greve dos caminhoneiros não foi capaz de desobstruir as rodovias federais do país. Responsável por cumprir as decisões obtidas na Justiça pela Advocacia Geral da União (AGU), a Polícia Rodoviária Federal argumenta que só pode agir quando há obstrução total das estradas – tática que tem sido evitada pelos manifestantes.
Os protestos continuam nesta sexta-feira (25), mesmo após um acordo entre as lideranças do movimento com o governo federal.
Em ao menos quatro estados do país, a Polícia Rodoviária Federal disse não ter desbloqueado rodovias federais justamente porque não houve "bloqueio total", mesmo após decisões da Justiça terem determinado a desocupação das estradas.
G1 obteve essa informação nas superintendências da PRF do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Pará: todos usaram o argumento do "bloqueio total". O comando da PRF em Brasília também foi procurado, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem.
Até a noite de quinta-feira, a AGU havia obtido na Justiça 19 liminares favoráveis; além das decisões nos quatro estados acima, também houve liminares em São Paulo, Goiás, Ceará, Sergipe, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rondônia e no Distrito Federal (em alguns estados houve mais de uma ação).
Rodovias federais de 25 das 27 unidades da federação tinham interdição na noite desta quinta --só Amazonas e Amapá não foram afetados. Na grande maioria dos casos, os bloqueios não são totais, mas prejudicam a circulação dos demais veículos e causam longos congestionamentos nas rodovias.
Brecha
É nessa brecha que atuam os caminhoneiros. Relato de um policial rodoviário federal a uma oficial de Justiça aponta que "os manifestantes, à espreita, agindo com dissimulação, sempre que percebiam a aproximação da viatura policial cessavam sua atuação no tocante a impedir a passagem de caminhões e quaisquer veículos de pequeno porte". Ele fazia referência à ocupação de parte da BR-101, na quarta-feira (23), na altura de Joinville (SC). A manifestação continuou, com os caminhoneiros levando outros caminhões para as margens da rodovia.
*Colaboraram Ricardo Gallo (G1), Joana Caldas (G1 SC), Jorge Sauma (G1 PA), Luã Hernandez (G1 RS) e Fernanda Zauli (G1 RN)
Por Vitor Sorano, G1*

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