Keiko
Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, conversa
com jornalistas na quarta-feira (28) (Foto:
Martin Mejia/ AP)
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Congresso
deve debater novo pedido de impeachment relacionado a supostos casos de
corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht.
Keiko Fujimori,
líder do partido de oposição Força Popular, pediu ao presidente peruano Pedro
Pablo Kuczynski que renuncie antes que o Congresso debata um novo pedido de
impeachment relacionado a supostos casos de corrupção envolvendo a empreiteira
brasileira Odebrecht.
O novo pedido
de destituição contra Kuczynski, de 79 anos, inclui novas denúncias de sua
suposta relação com a Odebrecht, como a de que teria recebido 300 mil dólares
para sua campanha de 2011, o que o presidente nega.
"Diante
desta situação tão complexa, com sérios questionamentos contra o presidente da
República, acredito que deve se afastar. Eu acredito que Pedro Pablo Kuczynski
deveria renunciar", disse Keiko Fujimori em entrevista ao canal ATV. Keiko Fujimori foi derrotada na eleição que
levou Kuczynski ao poder em 2016.
Fujimori disse
que a renúncia de Kuczynski permitiria ao vice-presidente Martín Vizcarra
assumir o governo e completar o mandato de cinco anos, que termina em julho de
2021.
O partido Força
Popular deve anunciar nesta quarta-feira (7) se apoia o novo pedido de vacância
apresentado por dois partidos de esquerda.
A filha mais
velha do ex-presidente Alberto Fujimori, que recebeu indulto de Kuczynski no Natal, afirmou
que seu partido não pede novas eleições e defendeu uma eventual gestão de Vizcarra.
Presidente
do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, durante cerimônia
no palácio governamental em Lima, em imagem de
arquivo
(Foto: Guadalupe Pardo/Reuters)
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Na semana
passada, o ex-representante da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, afirmou em São
Paulo a procuradores peruanos que a empresa destinou 1,2 milhão à campanha de
Keiko Fujimori em 2011, o que ela nega.
Kuczynski evitou um pedido de afastamento em
22 de dezembro, quando um pedido de vacância apoiado pela Força Popular
não obteve o número de votos necessário.
Na votação de
dezembro, o presidente peruano recebeu o apoio fundamental de Kenji Fujimori,
irmão de Keiko, que conseguiu convencer 10 deputados da Força Popular a votar
contra a destituição. Este grupo se afastou do partido de Keiko e acabou com a
maioria parlamentar que a formação tinha até então.
Em seguida, o
presidente anunciou um polêmico indulto humanitário para o ex-presidente
Alberto Fujimori, que cumpria uma pena de 25 anos de prisão por crimes contra a
humanidade.
Por France Presse
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