Alunos
ocupam Colégio Paulo Freire, em Búzios
(Foto: Inter TV/Reprodução)
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Estudantes
também reclamam de más condições da unidade, além da falta de merenda e
professores.
Alunos ocupam a
Escola Municipal Paulo Freire, no Centro de Búzios, na Região dos Lagos do Rio,
desde a terça-feira (27). Os estudantes são contra a possível transferência da
escola de ensino médio para o Estado e reclamam que faltam professores e
merenda e que, por isso, são liberados mais cedo.
Segundo os alunos,
quando foram renovar a matrícula, os pais souberam que as turmas do turno da
noite haviam sido fechadas. Eles não querem que a escola passe para o Estado
por temerem as greves e paralisações por falta de pagamento de salários dos
servidores.
A Justiça
determinou o retorno imediato de todas as vagas extintas no Colégio Municipal
Paulo Freire e a volta do turno da noite na unidade.
Determinou
também a volta das vagas no Inefi, no bairro da Rasa, e impediu que novas vagas
sejam criadas no Colégio Estadual João de Oliveira Botas, para onde estão sendo
transferidos os alunos do Inefi e do Colégio Paulo Freire, sob pena de multa. O
município recorreu da decisão judicial.
"No Ensino
Médio, a prioridade é do Estado. O que não significa que o Município está
desobrigado. Qualquer transferência de responsabilidade tem que ser gradativa
[...] não pode ser feita assim, de uma outra pra outra, à revelia da comunidade
escolar", disse o promotor do Ministério Público, Leonardo Monteiro.
O Ministério
Público levou em consideração um levantamento de 2016 feito pela Secretaria de
Estado de Educação. Na época, a Secretaria Estadual afirmou que "o Colégio
Estadual João de Oliveira Botas estava utilizando sua capacidade máxima em todos
os turnos e que não tinha outros espaços para abrigar turmas de ensino médio da
rede municipal".
"Nós não
fechamos o ensino médio em Búzios [...] nós deixamos de atender duzentas e
poucas crianças, que 80% delas já estão matriculadas no Botas [escola
estadual] [...] eles não estão tendo perdas", disse Carlos
Eduardo Roballo, secretário municipal adjunto de Educação de Búzios.
A Justiça
analisa o recurso da Prefeitura de Búzios, mas não há data definida para julgar
o recurso.
Por G1, Armação dos Búzios
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