Veículo
chegou no fim do ano passado e é usado desde 9 de janeiro para o combate ao
tráfico de drogas.
A Polícia
Militar confirmou nesta quarta-feira (17) que o "caveirão” vindo da
capital vai seguir por tempo indeterminado à disposição do 32° Batalhão da PM
em Macaé, no interior do Rio. O blindado chegou em novembro do ano passado,
passou por reformas e começou a ser utilizado no combate ao tráfico de drogas
na cidade em janeiro deste ano.
O comando da PM
confirmou que o veículo foi acionado várias vezes para entrar em diferentes
áreas de Macaé. A primeira ação foi no dia 9 de janeiro, quando houve um
confronto entre traficantes e policiais no bairro Lagomar, e que resultou
na morte
do cabo José Renê Araújo Barros.
O blindado
ainda percorreu as ruas da Nova Holanda, Malvinas e Botafogo. “O veículo só é
utilizado quando, de fato, existe uma real necessidade. A ação dele é servir
como reforço aos policiais que estão em ação fora do blindado”, explicou o
comandante do batalhão de Macaé, tenente-coronel Marco Vollmer.
O veículo,
ainda segundo a PM, foi utilizado em combates ao tráfico de drogas na capital.
O veículo tem marcas dos enfrentamentos. Em Macaé, passou por manutenção e
contou com a ajuda da iniciativa privada.
“No ano
passado, mesmo eu particularmente encontrei o blindado parado no pátio do
comando da PM, na capital, e ali já tive interesse em trazer o veículo para
Macaé. Em uma conversa, me comprometi a fazer a manutenção necessária e assim
consegui trazer ele para cá”, relatou o comandante Vollmer.
Características
do “caveirão”
O espaço dentro
do blindado é capaz de abrigar, confortavelmente, mais de 20 policiais
militares fortemente armados.
“Antes de
qualquer policial entrar nele, realizamos uma reunião estratégica para fazer o
posicionamento de cada um dentro dele. Aí, possuímos todo nosso aparato de
armamento e vamos rumo ao local definido, sempre de uma maneira bem trabalhada
e estudada. Cada caso é um caso”, explicou o Marco Vollmer.
O blindado tem
mais de três metros de altura. O motor é de seis cilindradas turbo diesel e pesa
cerca de 25 toneladas. A blindagem resiste a tiros de grosso calibre. As rodas
permitem passar por buracos, subir escadas e até percorrer por em águas de até
60 cm de profundidade.
Em todo o
Estado do Rio, o blindado é conhecido como “caveirão”. Em solo macaense ganhou
um apelido da corporação.
“Aqui chamamos
ele de 'mamute'. Se você reparar bem ele tem dois ferros erguidos na frente
dele. Isso lembra o chifre de um mamute. Sem falar que é uma máquina fabulosa”,
revelou o comandante.
Violência em
Macaé
A onda
de violência em Macaé começou depois de uma operação contra
criminosos ligados ao tráfico de drogas, que culminou em um confronto no dia 9
de janeiro. Ônibus foram queimados e comércio e escolas ficaram fechados.
Uma operação da
PM foi iniciada com o apoio
de policiais dos batalhões de Campos dos Goytacazes, Itaperuna e Santo Antônio
de Pádua, além de dois helicópteros vindos do Rio.
Cabo da PM
morto em troca de tiros
Um dos mortos
após a invasão foi o cabo José Renê Araújo Barros, de 35 anos. O corpo do
policial foi enterrado
no dia 10 em Itaperuna, cidade natal do militar.
O Disque
Denúncia oferece R$ 5 mil de recompensa para quem tiver informações que ajudem
a esclarecer a morte do policial.
Por Renan Gouvêa, G1, Região dos Lagos
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