© Dida
Sampaio/Estadão O calendário foi discutido em duas
reuniões na
residência de Maia em Brasília neste domingo, 19.
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BRASÍLIA - O
governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acertaram tentar votar a reforma da
Previdência no plenário da Casa na primeira semana de dezembro. O
calendário foi discutido em duas reuniões na residência de Maia em Brasília
neste domingo, 19, um dia após o presidente Michel Temer decidir nomear o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO),
um dos principais aliados do parlamentar fluminense, para o Ministério das
Cidades.
Maia recebeu
incialmente Temer, ministros da área política e líderes da base aliada em
almoço que se estendeu até o final da tarde. Em seguida, foi a vez do ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, se reunir por 40 minutos com o presidente da
Câmara para discutir a votação da reforma da Previdência e outros projetos da
agenda econômica, entre eles, o que altera as regras do Cadastro Positivo.
"O Rodrigo
sugeriu votarmos a Previdência na primeira semana de dezembro, provavelmente no
dia 6", afirmou ao Estadão/Broadcast o líder do PMDB na
Câmara, Baleia Rossi (SP), um dos presentes no almoço.
Como a reforma
está sendo analisada por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC),
ela precisa passar por duas votações no plenário da Câmara e, para ser
aprovada, tem de ter votos de pelo menos 308 dos 513 deputados.
De acordo com
Rossi, o texto final da reforma será discutido durante jantar de Temer com
parlamentares da base aliada na próxima quarta-feira, 22, no Palácio do
Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Antes disso, nesta
terça-feira Maia deve fazer uma reunião apenas com os líderes de partidos da
base aliada para discutir que pontos do texto da reforma deverão permanecer ou
não.
Clima. Embora
sem votos ainda para aprovar as mudanças na Previdência, a avaliação nas
reuniões foi de que o ambiente melhorou com as articulações para a reforma
ministerial. As mudanças prestigiaram principalmente Maia, entre elas, a
escolha de Baldy para Cidades, que também contou com apoio do PMDB e de
partidos do chamado Centrão.
Meirelles
voltou a enfatizar no encontro a necessidade de que a proposta não seja
desfigurada a ponto do ganho nas contas públicas ficar muito reduzido. O
ministro que manter uma economia acima de 50% daquela que se esperava com a
proposta original. Mas os servidores fazem grande pressão para não serem
alcançados com as mudanças, que pode ficar reduzida praticamente na fixação de
uma idade mínima para aposentadoria e regras de transição.
O relator,
deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), que ainda não havia retornado ontem de
viagem oficial à Alemanha, vai apresentar esta semana uma proposta de emenda
aglutinativa ao seu substitutivo já aprovado na comissão especial.
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