Romero explicou ao canal estatal que tomou a decisão de fechar as fronteiras durante um mês, de meia-noite até as 6 da manhã |
Ministro boliviano disse que a
região amazônica "se transformou em uma área que apresentou
vulnerabilidade frente ao Comando Vermelho".
Passagens da fronteira entre
Brasil e Bolívia foram fechadas devido a investigações que alertaram sobre uma
possível invasão para resgatar brasileiros presos na cidade de Cobija, informou
neste domingo o ministro de Governo boliviano, Carlos Romero.
Romero explicou ao canal estatal
que tomou a decisão de fechar as fronteiras durante um mês, de meia-noite até
as 6 da manhã, por "uma informação de inteligência sobre a possibilidade
uma operação de resgate de alguns brasileiros" reclusos na penitenciária
de Villa Busch, em Cobija.
O ministro apontou que a região
amazônica de Pando, cuja capital é Cobija, "se transformou em uma área que
apresentou vulnerabilidade frente ao Comando Vermelho", já que pessoas
vinculadas a essa organização criminosa brasileira cometeram uma série de
sequestros, causando "uma onda de temor" na população.
Os sequestros foram feitos por
brasileiros e peruanos, ajudados por alguns bolivianos, e tiveram como
principais alvos empresários criadores de gado.
"É por isso que em Pando
decidimos fortalecer a presença da polícia, criar uma Unidade Anti-sequestros e
usar mecanismos de coordenação muito mais operativos e funcionais com a Polícia
Federal e a Polícia Civil do Brasil", disse Romero.
Mediante essas ações, foi possível
desarticular "várias organizações vinculadas aos sequestros" e
encarcerar seus integrantes, indicou o ministro.
O fechamento de 37 passagens na
fronteira entre Bolívia e Brasil vigora desde sexta-feira, com o fim de frear a
criminalidade na região, segundo a polícia boliviana. Ambos os países
compartilham uma fronteira de quase 3,5 mil quilômetros.
O governo boliviano demonstrou
preocupação nos últimos meses por crimes com a participação de brasileiros,
assim como os vínculos destes com organizações criminosas.
Essa foi uma das razões pelas
quais foi decidido fazer uma reunião, na qual as autoridades bolivianas e
brasileiras abordaram mecanismos de cooperação e coordenação contra o crime
organizado e crimes transnacionais.
Por Agencia EFE
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