Pezão diz
que quer pagar servidores até agosto
DEMéTRIUS
ABRAHãO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
|
Em Brasília, governador disse que
pretende colocar salários de servidores em dia até agosto
O governador do Rio, Luiz Fernando
Pezão, afirmou nesta quinta-feira (20) que a venda de ações da Cedae (Companhia
Estadual de Águas e Esgotos) ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) é uma hipótese ainda em discussão. "Não tem nada
definido", disse após reunião com o presidente Michel Temer e o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir a crise da segurança no Estado.
O governador afirmou ainda não ter uma avaliação de qual é o potencial valor de
venda da companhia e que o Estado contratará uma instituição para fazer essa
conta de forma independente.
Logo após a conversa com os
jornalistas, Pezão retornaria à sala de reuniões com o presidente Temer e com o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir detalhes de como a
operação poderia ser realizada.
— Volto agora para ver que tipo de
operação o BNDES pode fazer conosco. E temos reunião na segunda-feira com o
presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, e com o ministro Moreira Franco
[Secretaria-Geral da Presidência] —, disse.
Como mostrou ontem o Broadcast,
serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a União deu sinal verde para
que o BNDES compre as ações da Cedae para então reorganizar a empresa e
privatizá-la. A opção é considerada "mais ágil" para o Estado, que
precisa de recursos para colocar o salário de servidores em dia, e tem a
simpatia do presidente do banco de fomento.
Até então, o BNDES vinha atuando
apenas como estruturador da operação de privatização da Cedae, e a Alerj
(Assembleia Legislativa do Rio) havia autorizado o Executivo a contratar
empréstimo de até R$ 3,5 bilhões para antecipar parte dos recursos a serem
obtidos com a venda. Em troca, o governo fluminense se comprometia a usar o
dinheiro para quitar o financiamento quando a operação fosse concretizada.
Hoje, Pezão negou que o
desinteresse de instituições financeiras em conceder o empréstimo tenha sido um
dos fatores que pesaram para a negociação da venda direta ao BNDES.
— Não é verdade que os bancos não
estão interessados. Banco do Brasil e Caixa não podem participar, nem o BNDES
pode dar empréstimo, porque não pode ir recursos para custeio. Mas BB e Caixa
estavam superinteressados nessa operação de garantia —, afirmou o governador.
A expectativa do governo
fluminense é regularizar o pagamento dos servidores no mês de agosto. Hoje, o
Estado deve salários dos meses de maio e junho e ainda não pagou o 13º salário
de 2016. Há também um passivo bilionário junto a fornecedores, o que tem
comprometido a prestação de serviços, principalmente nas áreas de saúde e
segurança.
— A gente espera muito atualizar
esses pagamentos dentro do mês de agosto —, disse Pezão. Segundo o governador,
a operação de venda da gestão de folha de pagamento pode render recursos
"significativos", e o Estado aguarda um pleito disputado. Como já
mostrou o Broadcast, o Rio estima uma receita potencial de R$ 1,5 bilhão com o
leilão da folha (cujo contrato atual de cessão da gestão termina no fim do
ano).
— Estamos contando com recursos em
agosto. Dá para colocar em dia, ainda mais com empréstimo —, afirmou.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!