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O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, disse hoje (19), em Washington, que a investigação da Operação
Lava Jato “não tem cor, a nossa investigação não tem partido, não tem alvo
pré-definido”. A afirmação foi feita durante a palestra “Luta contra a
corrupção na América Latina”, na Universidade George Mason, em Washington.
O procurador também defendeu o uso
do mecanismo da colaboração premiada, que, segundo ele, “auxiliou muito na
investigação”. “Sem isso, nós não teríamos chegado onde chegamos”, afirmou.
Janot comentou também a dificuldade de cooperação entre os órgãos públicos
no início da investigação, o que, segundo ele, teria mudado, já que hoje os
órgãos colaboram e trocam mais informações.
O procurador-geral afirmou que a
América Latina foi conhecida por ser uma região que alternava entre ditadura e
democracia, mas que “hoje, na região, a imprensa é livre, tem acesso, divulga,
cobra, investiga”, e que isso “cria o caldeirão para que a reação possa
ocorrer” e “para que você possa desenvolver essas investigações”.
No início da tarde, durante uma
palestra no think tank [termo em inglês para definir
instituições dedicadas a pesquisa avançada em temas estratégicos] Atlantic
Council, Janot afirmou que o orçamento da Operação Lava Jato está “garantidíssimo”.
A afirmação veio após Janot ser questionado sobre ofício enviado pela futura
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pedindo esclarecimentos sobre o
orçamento do Ministério Público Federal para o ano que vem. “É prioridade da
procuradoria na minha gestão. Se vai ser na dela, não sei, mas na minha está
garantido o orçamento sim”, disse.
Agência Brasil
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