O presidente
venezuelano Nicolás Maduro mostra documento
com os detalhes da Assembleia Constituinte, em
imagem
de arquivo
(Foto: REUTERS/Carlos Barria)
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Processo convocado por Nicolás
Maduro contará com o apoio dos partidários do governo, sem a participação dos
opositores.
A campanha eleitoral pela
Assembleia Nacional Constituinte se iniciou formalmente neste domingo (9),
um processo convocado pelo
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e que contará com o apoio dos
partidários do governo, sem a participação dos opositores.
O período de campanha se estenderá
até a meia-noite do dia 27 de julho, três dias antes das eleições, de acordo
com os regulamentos anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O governista Diosdado Cabello,
considerado um dos homens mais poderosos do chavismo, candidato da
Constituinte, começou a campanha de seu estado natal, Monagas, com uma
concentração de centenas de pessoas.
"Deve haver um só comando de
campanha, que é o comando de campanha da revolução, que não haja nenhum tipo de
privilégio diferente", disse o dirigente chavista, acompanhado de um grupo
de candidatos para o mesmo setor.
Cabello criticou a consulta
popular que promove a oposição contra a eleição da Assembleia Constituinte, e
assegurou que o único caminho institucional é o processo convocado pelo chavismo.
Maduro começou a campanha por
conta própria há dois dias com uma excursão por todo o país para promover a
participação na Constituinte, uma jornada que o levou a visitar duas cidades do
país para se reunir com funcionários públicos e partidários.
Apoiadores
da oposição protestam contra o presidente
Nicolás Maduro em Caracas, neste domingo (9)
(Foto:
Federico Parra/AFP)
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Convocação em maio
A Assembleia Nacional Constituinte
foi convocada pelo presidente venezuelano em 1º de maio, após um mês de
protestos da oposição e uma crise institucional provocada pela decisão do
Tribunal Supremo de Justiça de deixar o Parlamento sem funções e os
parlamentares sem imunidade.
Maduro defendeu então a convocação
do mecanismo para mudar a Constituição como uma forma de "alcançar a
paz". No entanto, o anúncio aumentou os protestos da oposição que ocorrem
há mais de três meses e que deixaram quase cem mortos.
A eleição da Assembleia
Constituinte será realizada sem a participação da oposição, reunida na Mesa da
Unidade Democrática (MUD), a maior aliança política do país, e de alguns
setores do chavismo que se mostraram críticos com este processo.
Por Agencia EFE
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