Bebê morre depois que médica se negou a
prestar socorro (Foto: Reprodução)
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Haydee Marques da Silva também
teria recebido informações de que paciente seria uma criança.
Mais três testemunhas afirmaram em depoimento ontem na 16ª DP (Barra da
Tijuca) que a médica Haydee Marques da Silva tinha recebido informações que o
próximo paciente que ela atenderia seria uma criança, antes de chegar à casa do
menino Breno, de 1 ano.
Segundo os depoimentos, ela também já sabia sobre o quadro da criança e
que se tratava de um chamado urgente, com prioridade. Breno Rodrigues Duarte da
Silva tinha um problema neurológico, passou mal e só podia ser transportado
para o hospital de ambulância e acabou morrendo.
Na última segunda-feira (12), Haydee disse que não tem
responsabilidade na morte da criança e que a criança não corria risco
de vida e tinha uma unidade de cuidados especiais em casa. De acordo com o
relato da médica, a técnica em enfermagem teria informado que o quadro era de
uma gastroenteirite de uma criança de um ano com neuropatia.
"Estou triste e muito abalada pela criança ter morrido, mas não
estou arrependida porque não fiz nada de errado do código de conduta médica. Eu
pedi outra unidade, com pediatra para atendê-lo. Não sou pediatra, não sou
neurologista, pedi à outra unidade de ambulância para atender esta criança.
Disseram que a unidade estava indo”, disse a médica.
As câmeras de segurança do condomínio onde a criança morava mostraram que
a ambulância da empresa Cuidar, terceirizada, chegou às 9h10. Mas a médica que
aparece gesticulando e rasgando papéis sequer desceu do carro. Foi embora três
minutos depois, sem atender o menino. Ele morreu às 10h26, antes que a segunda
ambulância chegasse ao endereço.
A médica foi à 16ºDP (Barra da TIjuca) na
segunda-feira
(12) (Foto: Fernanda Rouvenat/ G1)
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Assim que a notícia se tornou pública, outros casos apareceram, como o do
paciente Leonel Martins, que respirava com a ajuda de aparelhos. Ele precisou
ser levado de ambulância para fazer um exame de ultrassonografia. A médica
encarregada de transportar Leonel para o hospital era a Haydée. A família diz
que ela foi negligente.
“Quando a ambulância chegou, ela olhou para o meu pai, viu que era
paciente de traqueostomia e ventilação mecânica, mas super saudável,
conversando, se alimentava com a própria mão. Ela pegou, falou assim: ‘Ué, mas
o paciente é de ventilação mecânica?’ Ela se assustou. Aí, quando ela chegou,
ela falou assim: ‘Vamos fazer logo o atendimento porque eu estou com fome, eu
quero almoçar. Vamos logo com esse atendimento’”, contou um ex-colega.
Haydée também tem uma anotação criminal por agredir uma paciente, em
2010. O Conselho Regional de Medicina disse também que a médica já sofreu uma
sanção técnica, mas não explicou exatamente qual foi a punição e nem por qual
caso.
Por Bom Dia Rio
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