Ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva é um dos réus desta
ação penal (Foto: André Penner/AP)
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Os dois serão interrogados como
testemunhas de defesa do ex-presidente. Audiência será feita por
videoconferência com Brasília e deve começar às 9h30 desta terça-feira (13).
O juiz Sérgio Moro, que é
responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, deve ouvir, na
manhã desta terça-feira (13), o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU),
José Múcio Monteiro Filho, e o ex-chefe de gabinete do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, como testemunhas de defesa em uma ação
penal da Lava Jato que tem o ex-presidente como réu.
A audiência será realizada por
meio de videoconferência com Brasília e está marcada para começar às 9h30.
Nesta ação penal, o Ministério
Público Federal (MPF) acusa o
ex-presidente de receber como propina um terreno onde seria
construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do
petista, em São Bernardo do Campo (SP).
De acordo com a força-tarefa da
Lava Jato, esses imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos
adquiridos pela empresa na Petrobras.
Moro deve ouvir ministro do TCU e Gilberto Carvalho em ação da Lava Jato que envolve Lula
A ex-primeira dama Marisa Letícia
chegou a ser acusada, contudo, Moro decretou a impossibilidade de puni-la. Marisa Leticia morreu em fevereiro deste ano.
O ex-presidente nega as acusações,
e o Grupo Odebrecht tem afirmado que tem colaborado com as investigações.
Instituto Lula afirmou que "nunca teve outra sede a não ser o sobrado onde
funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do
Trabalhador (IPET)".
Denúncia
Segundo o MPF, a Construtora
Norberto Odebrecht pagou propina a Lula via aquisição do imóvel onde seria
construída nova sede do Instituto Lula, em São Paulo. O valor, até novembro de
2012, foi de R$ 12.422.000, afirmam os procuradores.
Segundo a força-tarefa a Lava
Jato, o valor consta em anotações de Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas
durante as investigações e dados obtidos a partir de quebra de sigilo.
Este segundo apartamento foi
adquirido no nome de Glaucos da Costamarques, que teria atuado como testa de
ferro de Luiz Inácio Lula da Silva, em transação que também foi concebida por
Roberto Teixeira, em nova operação de lavagem de dinheiro, conforme a denúncia.
Tanto Glaucos da Costamarques
quanto Roberto Teixeira também são réus no processo.
Os procuradores afirmam que, na
tentativa de dissimular a real propriedade do apartamento, Marisa Letícia
chegou a assinar contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques.
Por G1 PR, Curitiba
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