A médica foi
à 16ºDP (Barra da TIjuca) nesta segunda-feira
(12) (Foto: Fernanda Rouvenat/ G1)
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Haydée Marques chegou na 16ªDP
(Barra da Tijuca), às 10h35. Breno Silva, de um ano e meio, acabou morrendo.
A médica Haydée Marques, que teria
se recusado a atender um bebê de um ano e meio na semana passada, foi à 16ªDP
(Barra da Tijuca) na manhã desta segunda-feira (12) para falar sobre o caso.
Breno Rodrigues Duarte da Silva, que tinha um problema neurológico, passou mal
e só podia ser transportado para o hospital de ambulância e acabou morrendo.
Na entrada da delegacia, ela se
negou a falar com a imprensa. "Eu já falei o que tinha que falar
ontem", foi a única declaração de Haydée Marques.
Em entrevista ao Jornal
Extra, publicada no domingo (11), a médica disse que, em sua visão, ela não
negou o atendimento.
“Isso não foi omissão de socorro,
já que não era um caso grave. O menino não faleceu imediatamente, morreu só
depois de uma hora e meia. Eu não sou pediatra e nem neurologista e se tratava
de uma criança muito pequena com quadro neurológico. Sem falar que eu estava
muito estressada e sem condições psicológicas para atender. Naquele dia, eu nem
ia para o plantão”, justificou a profissional.
O advogado que representa a
família do menino Breno afirmou que eles entrarão com um processo contra o
plano de saúde Unimed, contra a médica Haydée Marques, que teria se recusado a
atender a criança, e contra a Cuidar, empresa terceirizada que faz o serviço de
ambulância. Segundo Gilson Moreira, ela deveria ser afastada do exercício da
medicina pelos órgãos responsáveis.
"Ela é uma médica que deveria
ter saído da ambulância, prestado auxílio, tirado a criança daquelas condições,
levado pra UTI preparada pra essa finalidade e ser socorrida numa UTI de um
hospital para que, efetivamente, ela pudesse ser socorrida", explicou o
advogado.
As câmeras de segurança do condomínio
onde a criança morava mostraram que a ambulância da empresa Cuidar,
terceirizada, chegou às 9h10. Mas a médica que aparece gesticulando e rasgando
papéis sequer desceu do carro. Foi embora três minutos depois, sem atender o
menino. Ele morreu às 10h26, antes que a segunda ambulância chegasse ao
endereço.
Assim que a notícia se tornou
pública, outros casos apareceram, como o do paciente Leonel Martins, que
respirava com a ajuda de aparelhos. Ele precisou ser levado de ambulância para
fazer um exame de ultrassonografia. A médica encarregada de transportar Leonel
para o hospital era a Haydée. A família diz que ela foi negligente.
“Quando a ambulância chegou, ela
olhou para o meu pai, viu que era paciente de traqueostomia e ventilação
mecânica, mas super saudável, conversando, se alimentava com a própria mão. Ela
pegou, falou assim: ‘Ué, mas o paciente é de ventilação mecânica?’ Ela se
assustou. Aí, quando ela chegou, ela falou assim: ‘Vamos fazer logo o
atendimento porque eu estou com fome, eu quero almoçar. Vamos logo com esse
atendimento’”, contou um ex-colega.
Haydée também tem uma anotação
criminal por agredir uma paciente, em 2010. O Conselho Regional de Medicina
disse também que a médica já sofreu uma sanção técnica, mas não explicou
exatamente qual foi a punição e nem por qual caso.
Por Fernanda Rouvenat, G1 Rio
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