© Foto:
Evaristo Sá/AFP Guido Mantega
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O ex-ministro da Fazenda nos
governos Lula e Dilma, Guido Mantega, confessou, por meio de petição de sua
defesa ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na
primeira instância, ter conta aberta no banco suíço Picktet, não declarada ao
fisco, por meio da qual recebeu US$ 600 mil. O ex-chefe da pasta atribuiu os
valores à venda de um imóvel herdado de seu pai.
"Guido Mantega, nos autos da
busca e apreensão em epígrafe, vem, por seu advogado (doc. 01),
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência - tendo em vista ter sofrido
medida de busca, mas não ter sido convidado a prestar depoimento, e a fim de
demonstrar sua total transparência frente às investigações em curso neste e.
juízo - afirmar que abre mão de todo e qualquer sigilo bancário, financeiro e
fiscal, inclusive de conta estrangeira aberta antes de assumir o cargo de
Ministro da Fazenda, na qual recebeu um único depósito no valor de US$ 600 mil
(seiscentos mil dólares) como parte de pagamento pela venda de imóvel herdado
de seu pai", afirmou, por meio de petição, o advogado de defesa de
Mantega, Fábio Tofic.
O ex-ministro afirmou ainda não
esperar 'perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no
exterior, mas reitera que jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de
qualquer natureza como contrapartida ao exercício da função pública, conforme
poderá inclusive confirmar o extrato da conta, documento que o peticionário se
compromete a apresentar tão logo o obtenha da instituição financeira'.
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