© Fornecido
por Estadão Popularização de smartphones
ajudou a
conectar países como o Brasil, diz o estudo
|
O Brasil é um dos dez países do
mundo com maior número de pessoas desconectadas, de acordo com um novo estudo
encomendado pela Internet.org – iniciativa do Facebook para levar conexão de
internet a populações de baixa renda e áreas isoladas – à unidade de
inteligência da revista britânica The Economist. No total, 70,5
milhões de brasileiros estão “offline”, isto é, não possuem acesso a internet,
seja por meio de banda larga fixa ou móvel.
A pesquisa se baseia em dados de
diversas fontes, como a União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla
em inglês) e entrevistas com especialistas no tema. O relatório acaba de ser
revelado no Mobile World Congress, maior congresso global da indústria de
celulares. O evento acontece em Barcelona, na Espanha, até a próxima
quinta-feira, 2.
No décimo lugar do ranking, o
Brasil está em melhor posição do que países muito populosos que aparecem no
topo do ranking de desconectados, como Índia e China. Essas nações têm 864,7
milhões e 660,9 milhões de pessoas sem conexão de internet, respectivamente.
Outros países com maior população offline do que o Brasil incluem Indonésia,
Paquistão, Nigéria e México.
De acordo com o estudo, 4 bilhões
de pessoas – mais da metade da população global – não tem nenhuma forma de
acesso a internet. A porcentagem de pessoas offline, porém, varia bastante
conforme o continente: enquanto em países da Europa, só 20% das pessoas estão
desconectadas, 75% das pessoas que vivem na África não tem qualquer acesso à
web.
Inclusão. O estudo
também avaliou os países segundo as condições que eles oferecem para que as
pessoas usem a internet e percebam seus benefícios. Os analistas avaliaram
parâmetros como disponibilidade e qualidade de conexão, preço e ambiente
competitivo, políticas para internet e educação dos usuários em relação à web,
além da relevância do conteúdo local. Com base nessa análise, eles criaram o
ranking de internet inclusiva, que considerou 75 países em todo o mundo.
Na liderança do ranking, Suécia e
Cingapura apareceram com o melhor desempenho, empatados em primeiro lugar. Os
Estados Unidos ficaram com o terceiro lugar, seguidos por Reino Unido e Japão.
“Claramente, altos níveis de desenvolvimento econômico e social permitem o
acesso a infraestrutura de rede de alta qualidade, serviços de internet com
preços acessíveis, conteúdo relevante, além de favorecer o desenvolvimento das
habilidades digitais”, afirmam os responsáveis pelo estudo, no relatório.
O Brasil aparece em 18º lugar no
ranking de internet inclusiva, atrás de nações como Rússia, Espanha, Canadá,
Coreia do Sul, entre outros. O Brasil é citado diversas vezes no relatório de
40 páginas. Entre os fatores positivos citados está a abundância de conteúdo em
português o que estimula as pessoas a usarem a internet. Outro ponto de
destaque é a competição entre as operadoras de telecomunicações no mercado. A
tendência é que a disputa faça o preço da conexão de internet cair e a
qualidade melhorar ao longo do tempo. A pontuação do Brasil é baixa, porém, em
relação ao nível de educação sobre internet.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!