Oposição
desprezou uma reunião marcada com autoridades
do governo na terça-feira, dizendo que
promessas feitas pelo
governo não foram mantidas (Foto: Federico
Parra/AFP)
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Oposição desprezou uma reunião
marcada com autoridades do governo na terça-feira, dizendo que promessas feitas
pelo governo não foram mantidas.
Um representante do Vaticano
tentou na noite de terça-feira (6) recuperar as negociações entre o governo da
Venezuela e a oposição, após os adversários do presidente Nicolás Maduro
dizerem que iriam ficar de fora das reuniões a menos que fossem feitas
concessões.
A oposição da Venezuela desprezou
uma reunião marcada com autoridades do governo na terça-feira, dizendo que
promessas feitas pelo governo não foram mantidas.
As esperanças de uma aproximação
verdadeira durante as negociações formais, que começaram em outubro com a mediação
do Vaticano, sempre foram escassas. Ambos os lados estão em desacordo, com a
oposição buscando a expulsão do socialista Maduro, enquanto as autoridades do
governo garantem que ele não deixará o cargo antes do fim do seu mandato em
2019.
"Apenas nos reuniremos com o
governo quando eles cumprirem o que foi acordado", disse o líder da
coalizão de oposição Jesus Torrealba após reunião com mediadores.
Os dois lados fizeram tentativas
de chegar a um acordo, incluindo deixar potencialmente que doadores estrangeiros
providenciem alimentos e remédios ao país e trabalhar na direção de substituir
diretores da autoridade eleitoral nacional, a quem a oposição chamou de
fantoches do governo.
A oposição também pressionou pela
liberação do que diz ser mais de 100 ativistas presos. Alguns foram liberados
desde o início das negociações, mas a oposição disse ser insuficiente.
Ambos os lados, no entanto, irão
continuar se reunindo com os facilitares do diálogo, disse Torrealba. Ele
acrescentou que os facilitadores fizeram propostas para retomar o diálogo
"para que seja útil para o país e gere resultados."
O enviado do Vaticano, Claudio
Maria Celli, afirmou após reuniões com ambos os lados que eles teriam uma
reunião técnica até 13 de janeiro para discutir questões incluindo "justiça
e direitos humanos" bem como "gerar confiança no calendário
eleitoral".
Por Reuters
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