A ministra
de Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez,
em foto de arquivo (Foto: Federico Parra/AFP)
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Ministra de Relações Exteriores
venezuelana disse que iria à próxima reunião do bloco, mas chanceler paraguaio
afirma que ela não será recebida.
O governo do Paraguai disse nesta
terça-feira (13) que a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy
Rodríguez, não participará da reunião de chanceleres do Mercosul, que será
realizada na quarta-feira em Buenos Aires, por não estar convidada, já que o
bloco suspendeu seu país no exercício de seus direitos.
"Ela (Delcy Rodríguez) não
está convidada. O governo venezuelano não está convidado", afirmou hoje o
chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, aos jornalistas em Assunção.
O chanceler acrescentou que
"a decisão tomada em 2 de dezembro suspendeu a Venezuela de seus direitos
e, portanto, o país não pode participar dessa reunião".
Delcy Rodríguez disse no fim de
semana que assistiria à reunião de chanceleres do Mercosul na capital argentina
para levar uma mensagem de "integração".
Loizaga ressaltou que a ministra venezuelana
pode comparecer ao local do encontro e se reunir "bilateralmente" com
sua equivalente argentina, Susana Malcorra, mas ressaltou que sua participação
na reunião de chanceleres não será aceita.
"Não vai participar, e se
participa, nós não aceitaríamos, se quer participar não vamos aceitar, porque é
uma decisão tomada", disse Loizaga.
Suspensão
No dia 2 de dezembro, os países
fundadores do Mercosul, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, comunicaram à
Venezuela que a suspendiam de exercer seus "direitos inerentes" como
Estado-parte do bloco, por ter descumprido o Protocolo de Adesão.
A Venezuela rejeitou o anúncio e,
após assegurar que esta decisão é "ilegal", afirmou que seguiria no
bloco ocupando a presidência rotativa.
Além disso, o governo venezuelano
assegurou que seu país incorporou 1.479 normas do Mercosul à sua legislação
interna, o que equivale a 95% do conjunto de leis que os Estados devem cumprir
para sua adesão ao bloco.
Os chanceleres do Mercosul se
reunirão em Buenos Aires para começar a debater o plano de ação do primeiro
semestre de 2017, período no qual a Argentina exercerá a presidência rotativa
do bloco, que assumirá em 1º de janeiro, sem a realização da tradicional cúpula
de presidentes.
Por Agencia EFE
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