A Edilamar
Quintão Pimentel (PTN-RO) descobriu apenas
no momento
do voto que seu número estava errado
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Professora Edilamar Quintão
(PTN-RO), 52 anos, descobriu que o número que havia divulgado ao longo de toda
a campanha não estava registrado no TRE
Alvo de piadas por onde passa, a
candidata a vereadora em Guajará-Mirim (RO) Edilamar
Quintão (PTN), que descobriu
na urna ter feito campanha com o número errado, está a base de calmantes
deste domingo. E conta que recebeu três votos – um deles, o dela, que, ao
perceber que seu número constava como inexistente, pediu ajuda. “Assim que
percebi o erro, chamei o mesário, que perguntou se eu não tinha digitado o
número da candidata errado. Olhei pra ele e disse: ‘Eu sou a candidata'”.
Ela, então, teve acesso à
lista de nomes e números dos candidatos que fica na sessão eleitoral. E
foi quando se deu conta da confusão. “Sai correndo, queria ligar pra todo
mundo, mas fiquei perdida e pensei que todo o trabalho que tinha feito não
tinha mais valor”. Uma prima ainda conseguiu votar nela. Mas a candidata não
sabe de quem é o terceiro voto que recebeu.
Edilamar havia escolhido o
número 19.159, porém, sem que fosse avisada, houve a alteração para 19.789.
Segundo ela, o partido não a avisou sobre a alteração e não a apoiou em
nenhum momento durante a campanha. “Estou me sentindo lesada. Não tive
assessoramento do partido em nenhum momento, fiz toda a minha campanha sozinha
e debaixo de sol. Entendo que o erro foi meu também, mas o partido não me
ajudou, sendo que eles tinham acesso ao meu número no TRE”, desabafa.
A professora, que havia se
candidatado pela primeira vez, diz que não sabe se vai continuar na política e
afirma que está sendo alvo de piadas na cidade. “Às vezes, tenho vontade de
sumir. Estou tomando calmante para esquecer essa situação, mas não me
sinto bem quando penso em tudo o que aconteceu. Percebo o riso de deboche
das pessoas quando saio na rua, até dentro do partido as pessoas me pararam e
falaram ‘E aí, vereadora’ rindo”.
Ela afirma que depois da confusão
com os números na eleição, chegou a ouvir que ela sempre foi “uma professora
muito lenta”. A candidata leciona língua portuguesa no Estado há 27 anos. “Sei
que mudei muitas vidas através das minhas aulas, sempre tive muita paciência.
Tenho muitos alunos formados que ainda lembram de mim, isso me conforta.”
O partido afirma que a confusão
partiu da candidata, que não conferiu seu próprio número. Os eleitores que
confirmaram o voto mesmo com o número errado chegaram a avisar Edilamar que sua
foto e nome não apareceram na urna. “As pessoas não pensaram em avisar o
mesário que alguma coisas estava errada e confirmaram o voto”, conta. Dessa
maneira, acabaram por anulá-lo.
Se tivesse sido eleita, a
professora afirma que focaria principalmente na saúde de Guajará-Mirim, pediria
asfalto para as ruas, ajudaria a população ribeirinha da cidade e os idosos.
Apesar do resultado, Edilamar não ficou em último lugar nas eleições municipais
de Guajará-Mirim. Os três votos recebidos pela candidata representam 0,01% do
total válido, mas outros cinco candidatos não receberam voto algum e figuraram
os últimos lugares da lista.
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