Morador
pendura uma bandeira das Malvinas em peparação
do 30º
aniversário da vitória do Reino Unido contra a Argentina,
em 2013 (Foto: Enrique Marcarian/Reuters)
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Dois países travaram guerra em
1982 pelas ilhas do sul do Atlântico. Objetivo é remover obstáculos que limitam indústria de petróleo e pesca.
O Reino Unido e a Argentina concordaram
em trabalhar juntos pela remoção de medidas que restringem a indústria de
petróleo e gás, a pesca e a navegação nas disputadas Ilhas Malvinas, informaram
ambos países nesta quarta-feira (14).
A Argentina reivindica soberania
sobre as Malvinas, ilhas conhecidas pelos britânicos como Falklands.
Os dois países travaram uma guerra
em 1982 pelas ilhas do sul do Atlântico, administradas pelo Reino Unido,
e a questão continua a causar atritos na relação entre os dois países.
Tensões cresceram no ano passado,
mas o Reino Unido tem buscado melhorar relações desde que Mauricio Macri
assumiu a presidência em dezembro.
"Em um espírito positivo,
ambos lados concordaram em organizar um diálogo para melhorar a cooperação
sobre questões do sul do Atlântico de interesse mútuo", informou o
comunicado emitido pelos dois países.
"Neste contexto, foi acertado
que sejam tomadas medidas apropriadas para remover todos os obstáculos
limitando o crescimento econômico e desenvolvimento sustentável das Ilhas
Malvinas, incluindo no comércio, pesca, navegação e hidrocarbonetos."
O comunicado foi acertado após uma
série de encontros em Buenos Aires entre Macri, a ministra das Relações
Exteriores, Susana Malcorra, e o ministro britânico de Estado para Europa e
Américas, Alan Duncan.
O Reino Unido informou que as
conversas não afetam a questão de soberania e que o país continua claro em seu
apoio aos moradores das ilhas.
"O Reino Unido e a Argentina
possuem um amplo relacionamento e isto vai além das nossas diferenças",
disse Duncan em comunicado.
"É claro para mim que a
Argentina está aberta a negócios. As medidas aceitas hoje demonstram que
podemos fazer progresso através do diálogo."
A última tensão séria sobre as
Malvinas ocorreu em junho do ano passado, quando um juiz federal argentino
ordenou a retomada de milhões de dólares em bens pertencentes a mineradoras que
operavam nas ilhas.
Segundo o comunicado, ambos lados
também irão apoiar um projeto de uso de DNA para identificar soldados
argentinos desconhecidos que morreram na guerra e foram enterrados nas
Malvinas. Discussões sobre o assunto irão continuar em Genebra, com a presença
do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Da Reuters
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