A ex-presidente Dilma Rousseff
disse não acreditar na possibilidade de que Luiz Inácio Lula da Silva, seu
antecessor, seja preso. A declaração foi feita em sua primeira entrevista
exclusiva a uma TV brasileira após o impeachment. Na opinião dela, prender Lula
seria uma "burrice", pois isso o transformaria em "herói".
“Não acredito que eles cometam
este absurdo, não porque sejam bons, mas acredito que também não são burros.
Acho que transformará a prisão de uma pessoa visivelmente injustiçada em um
herói. Acho que eles não irão querer. Acho que a estratégia é inviabilizá-lo
para 2018. O golpe só se completa com isto”, disse Dilma, em entrevista à TVE
da Bahia.
As forças que deram o golpe têm
muito interesse que ele seja julgado e condenado. Eles tiram o Lula do jogo e
se livram da Lava Jato”, declarou.
Durante a conversa com o
jornalista Bob Fernandes, a ex-presidente voltou a dizer que sofreu um golpe
perlamentar. Dilma ressaltou que o programa de governo do PMDB retira direitos
do trabalhadores e não foi aprovado pelos eleitores que a elegeram.
“As forças que deram o golpe têm
muito interesse que ele seja julgado e condenado. Eles tiram o Lula do jogo e
se livram da Lava Jato”, disse.
A presidente também falou sobre a
prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. “Prender o Guido Mantega é
expô-lo a uma condenação que não existe, é a condenação da mídia, e a distorção
que essa publicidade dá. Lamento imensamente a prisão dele dentro de um
hospital. A senhora dele está lutando contra um câncer desde o final de
2013", disse. “Por que prender o Mantega e deixar o Eduardo Cunha
solto?", questionou.
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