Militares no
entorno do Estádio do Maracanã durante teste
de segurança
para cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016
(Fernando
Frazão/Agência Brasil)
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A Secretaria Extraordinária de
Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça e Cidadania
(Sesge/MJC), concluiu no domingo (17) o terceiro simulado de alinhamento das
operações de segurança para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que
acontecerá no dia 5 de agosto, no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo informações do Palácio
Guanabara, aproximadamente 2 mil profissionais atuaram no treinamento que
testou os detalhes da operação integrada, envolvendo os aspectos de
deslocamento das autoridades, atletas, voluntários e organizadores que
participarão do evento.
Foram utilizados, durante a
cerimônia, mais de 700 veículos, entre motos, carros, vans ,
ônibus, ambulâncias e helicópteros. Cerca de 250 ônibus percorreram rotas de
chegada e de partida, tendo como destino o Estádio Maracanã, bem como as
imediações do Palácio do Itamaraty, no centro.
O coordenador da Sesge/MJC, Felipe
Seixas, comemorou o êxito do simulado que, segundo ele, foi um total sucesso.
Confiança
“Temos certeza de que estamos
prontos para a cerimônia de abertura. A parte da escolta dos atletas, realizada
pela Forca Nacional, da Vila Olímpica até o Maracanã, e a parte da segurança
dos chefes de Estado e de autoridades brasileiras tiveram resultados positivos.
Não houve qualquer tipo de transtorno na chegada ao Palácio do Itamaraty, e o
mesmo ocorreu no Maracanã e no retorno ao Itamaraty”, salientou.
A simulação de hoje teve início às
6h, quando os acessos ao Palácio do Itamaraty e ao Maracanã foram
interditados peloa esquema de segurança para a solenidade de abertura. A
operação foi concluída às 12h, quando as cerca de dez ruas interditadas na
região começaram a ser liberadas sem que fosse registrados grandes
engarrafamentos nas imediações do simulado.
Ao contrário dos testes
anteriores, o terceiro simulado – a 19 dias da abertura dos Jogos – teve
ações ininterruptas, não havendo novas orientações nem troca de posições dos
atores participantes. De madrugada, por volta das 3h, os grupos de trabalho se
reuniram para os deslocamentos e a ativação dos centros de comando e controle
envolvidos na operação. Por volta das 5h, as equipes se concentraram nos pontos
de partida para o teste dos trajetos.
Complexidade
O coordenador regional de
segurança dos Jogos, Cristiano Sampaio, falou da complexidade do simulado.
“Toda a operação de retirada dos locais de origem e trajeto, até a cerimônia, e
de retorno ao Palácio do Itamaraty, é algo extremamente complexo. Colocamos a
operação nas ruas, cronometramos trajetos. Estamos satisfeitos com os
resultados”, disse.
Um dos oficiais da Guarda
Municipal, que preferiu não se identificar, ressaltou o fato de que o simulado
foi feito sem manifestações de descontentamento por parte do público, e também
não causou grandes engarrafamentos.
“Como já havíamos feito o
planejamento com certa antecedência, não tivemos grandes engarrafamentos e
nenhum tipo de manifestação contrária, por parte do moradores. Não houve também
nenhum problema do ponto de vista da operação em si: da saída dos comboios e da
família olímpica – aí incluídos os atletas. Do ponto de vista dos moradores
bastava que eles apresentassem um comprovante de residência para que pudessem
transitar sem qualquer problema”, explicou.
Movimentação
O engenheiro curitibano Gil
Cardoso Machado, de visita aos pais, que moram na região, aproveitou para fazer
exercícios no entorno do Maracanã e sequer notou a movimentação das forças de
segurança.
"Sequer percebi o fato de
estar havendo um simulado de segurança na área. Então, para mim, não houve
qualquer problema. Correu tudo bem”.
Para o militar da reserva, Marcos
Junior, que costuma praticar exercício físico no entorno do Maracanã, a
movimentação de hoje não prejudicou o dia a dia de quem frequenta o local. Fez
apenas a ressalva de que era um dia de domingo, com tempo nublado. Para ele,
quando “for à vera”, a situação poderá ser muito diferente.
“Hoje é apenas um exercício, mas
quando for à vera eu acredito que haverá problemas. Hoje é um domingo, um dia
frio, mas quando estiver valendo, haverá sim problemas e transtornos para os moradores
e a população de uma maneira geral. Sem falar no fato de que considero
inapropriada a Olimpíada no momento adverso que passa o país. É sempre bom
lembrar que vivemos o pior momento da história do país”, reforçou.
Bloqueio de
via no entorno do Estádio do Maracanã testa segurança
para
cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016
(Fernando
Frazão/Agência Brasil)
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Segundo ele, “não se pode negar os
benefícios imensuráveis que uma Olimpíada trás, mas o país vive um momento de
adversidade, em que falta de tudo, desde professores nos colégios, segurança
pública, remédios e médicos nos hospitais”.
Informações do governo do estado
indicam que, no dia 5 de agosto o evento mobilizará cerca de 3.300
profissionais de segurança pública nas imediações do Maracanã.
A Força Nacional de Segurança será
distribuída no perímetro interno e de todas as instalações. A tribuna de honra
passará por vistorias e equipes da Polícia Federal (PF) garantirão a segurança
dos chefes de Estado.
No caso do Palácio Itamaraty, o
planejamento de segurança está sendo refinado com base nas avaliações de risco
da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Participaram da operação de hoje a
PF, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Força Nacional de Segurança
Pública, Corpo de Bombeiros, Forças Armadas, além da Companhia de Engenharia de
Tráfego so Rio e a Guarda Municipal.
Coordenado pela Sesge/MJC, o
simulado de segurança contou também com a colaboração dos ministérios das
Relações Exteriores e da Defesa, do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, bem como dos governos do estado e do município do Rio
de Janeiro, além do Comitê Organizador Rio 2016.
No dia 24 de julho, o Rio de
Janeiro contará com a ativação completa do Centro Integrado de Comando e
Controle, com todas as forças e instituições atuando de forma integrada,
ininterruptamente, com um contingente de aproximadamente 47 mil profissionais
durante os Jogos Olímpicos.
Agência Brasil
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