Google tem recorde de pedidos de governos sobre dados de usuários | Rio das Ostras Jornal

Google tem recorde de pedidos de governos sobre dados de usuários

Durante os seis meses anteriores a este período, o Google recebeu
35.000 pedidos vinculados a quase 69.000 contas (Getty/AFP/Arquivos)
EUA, Alemanha, França e Reino Unido foram os maiores solicitantes. No 2º semestre de 2015, pedidos visavam 81 mil contas.
As solicitações de governos para obter dados de usuários junto ao Google atingiram um número recorde na segunda metade de 2015, informou o gigante da internet.
No seu relatório de transparência divulgado na segunda-feira (18), o Google informou que os governos de várias partes do mundo realizaram 40.677 pedidos, vinculados a mais de 81 mil contas entre julho e dezembro de 2015.
Nos seis meses anteriores a este período, o Google recebeu 35 mil pedidos, vinculados a quase 69 mil contas.
"O uso de nossos serviços aumentou a cada ano, assim como as solicitações de dados dos usuários", informou a empresa, acrescentando que atendeu aos pedidos em 64% dos casos.
Os Estados Unidos fizeram a maioria dos pedidos, com 12.523 solicitações, seguidos pela Alemanha (7.491), França (4.174) e Reino Unido (3.497).
Assim como outras grandes empresas online, o Google ressaltou que a entrega de dados é realizada seguindo os processos legais dos países onde opera, a fim de manter a privacidade dos usuários.
"O Google se orgulha de ter saído na frente na publicação desses relatórios, ajudando a divulgar as leis e práticas de vigilância governamental no mundo todo", disse Richard Salgado, diretor legal do Google.
Em uma publicação no seu blog, Salgado garantiu que um acordo recente entre EUA e a União Europeia sobre privacidade é um avanço positivo porque amplia a proteção nos Estados Unidos aos cidadãos não-americanos.
"Esta mudança ajuda a responder as preocupações sobre a capacidade dos não americanos de corrigirem reclamações relativas a dados coletados e armazenados pelo governo dos Estados Unidos sob a lei americana", disse.
"De fato, as distinções que as leis de privacidade e vigilância dos Estados Unidos fazem entre cidadãos americanos e não americanos são cada vez mais obsoletas em um mundo onde as comunicações ocorrem principalmente em um meio global: a internet", completou.

Da France Presse
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