Ele afirmou à polícia que falar
com os ministros seria 'infrutífero'.
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse em depoimento à Polícia Federal
nesta quinta-feira (26) que não procurou ministros do Supremo Tribunal Federal
para tratar sobre o caso de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrorbas preso pela
Operação Lava Jato. O senador relatou que tinha dito ao filho de Cerveró, para
confortá-lo, que procuraria os ministros, mas não fez isso porque, segundo
Delcídio, seria infrutífero. A GloboNews teve acesso ao depoimento dado por
Delcídio aos policiais.
O senador foi preso nesta
quarta-feira (27), em Brasília, sob a acusação de estar atrapalhando as
investigações da Lava Jato. Uma gravação de conversa telefônica entre Delcídio
e Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, serviu de base para a
Procuradoria-Geral da República pedir a prisão.
Na gravação, Delcídio fala que vai
procurar políticos e ministros do STF para tentar influir no caso de Cerveró. A
conversa mostra também que o senador oferece R$ 50 mil mensais para a família
do ex-diretor em troca de Cerveró não citar Delcídio em depoimento de delação
premiada. Além disso, o senador oferece uma rota de fuga para Cerveró, que
passaria pelo Paraguai até chegar à Espanha.
No depoimento aos policiais,
Delcídio, que já ocupou cargo executivo na Petrobras, disse que conhece Cerveró
desse período. Ele também afirmou que foi consultado pela então ministra de
Minas e Energia, Dilma Rousseff, sobre indicação de Cerveró para a área
internacional da estatal.
Ainda em depoimento à PF, o
senador preso disse que nos últimos anos manteve reuniões apenas
“institucionais”, com ministros do STF e “ultimamente” e “nos últimos meses”
não se reuniu com nenhum dos ministros citados na gravação, Teori Zavascki,
Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
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