O presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assegurou nesta quinta-feira que decidirá
ainda este ano sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff,
desmentindo notícias publicadas na imprensa de que a questão poderia ficar para
2016.
“Eu não falei isso para ninguém e
com certeza absoluta será decidido este ano”, disse Cunha a jornalistas.
O deputado também comentou sobre a
polêmica envolvendo a decisão da mesa da Câmara – posteriormente suspensa por
ele – de cancelar e anular a reunião desta quinta-feira do Conselho de Ética da
Câmara, que trataria do parecer favorável à continuidade do processo que pede a
cassação do mandato de Cunha.
Segundo Cunha, está configurado no
processo contra ele “uma série de irregularidades que podem demandar recursos
na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e no Supremo Tribunal Federal
(STF). Uma série de violações regimentais e cerceamentos de defesa”, disse.
Os aliados de Cunha questionaram
nesta quinta-feira o fato de a reunião do conselho ter sido aberta sem a
leitura da ata da reunião anterior. Outra questão regimental levantada por
eles, que embasou o cancelamento da reunião, refere-se ao quórum da reunião. O
argumento é de que o número mínimo de deputados só foi obtido mais de 30
minutos após o início da sessão, o que não seria permitido pelo regimento.
“A política não pode superar o
regimento. Temos de ter norma de conduta na Casa”, afirmou Cunha.
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