Só 9 países terão pior resultado
do PIB que o Brasil em 2015, estima FMI
A economia brasileira recuou 0,2%
no primeiro trimestre de 2015. Apesar do recuo o país não entrou na chamada
"recessão técnica" – para isso, é preciso que haja queda por dois
trimestres consecutivos. A expectativa, no entanto, é que o país não esteja
longe disso: o FMI estima que o PIB do Brasil tenha uma redução de 1% em 2015,
com inflação de 7,8%.
Além do Brasil, o Fundo também
prevê o encolhimento na economia de outros 15 países este ano. O relatório do
FMI traz expectativas para o PIB de mais de 200 países.
Desses, 9 têm estimativa de um
desempenho pior que o do Brasil: Guiné Equatorial (-15,4%), Serra Leoa
(-12,8%), Venezuela (-7%), Ucrânia (-5,5%), Vanuatu (-4%), Rússia (-3,8%),
Belarus (-2,3), Iêmen (-2,2%) e Libéria (-1,4%).
A Armênia e a Moldávia têm previsão
de retração de 1% do PIB, como o Brasil. Os outros 4 países da lista têm
previsão de queda menos acentuadas. São eles: Brunei (-0,5%), Sérvia (-0,5%),
Argentina (-0,3%) e Guiné (-,03%).
Brasil
Em relatório publicado em abril, o
FMI estima que a retração de 1% do PIB brasileiro será puxada por uma política
fiscal e monetária mais rígida e pelos cortes de investimentos na Petrobras, em
um momento de queda na atividade econômica.
Em 2015, o Brasil passa por um
momento de “aperto” após os gastos do governo fecharem 2014 em um patamar acima
da arrecadação. Como a conta não fecha, o governo vem adotando as medidas que
compõem o chamado ajuste fiscal, com o objetivo de cortar os gastos públicos (como
gastos da Previdência Social e o Orçamento da União, que cuida, por exemplo, da
folha de pagamento dos servidores) e elevar a arrecadação (pelo aumento de
impostos e demais receitas).
Para driblar a crise global
iniciada em 2008, o Brasil adotou medidas anticíclicas para estimular o
crescimento, com redução de impostos para estimular o consumo das famílias, por
exemplo. No mesmo período, a demanda por produtos se tornou maior que a oferta
e impulsionou a inflação. O assunto foi abordado pela diretora-gerente FMI,
Christine Lagarde, no Rio de Janeiro. Ela afirmou que o Brasil acertou em
responder à crise financeira global implementando política anticíclicas. No
entanto, estimular o crescimento, afirmou, "é mais uma questão de oferta
do que de procura".
A estimativa para a inflação no
Brasil segundo o FMI em 2015 é de 7,8% - acima da meta do Banco Central para
2015 de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para
menos.
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