Crianças tinham
4, 5 e 11 anos; o dono da casa não percebeu a invasão.
Três irmãos com
idades entre 4 e 11 anos morreram afogados após invadirem um casarão na
Castelânea, bairro nobre de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, na noite
desta terça-feira (20). De acordo com os bombeiros, Miguel Henrique da Silva
Alexandre, de 4 anos; Raíssa Henrique da Silva Alexandre, de 5 anos, e Matheus
Henrique da Silva Alexandre, de 11 anos, teriam pulado o muro da casa, que fica
no começo da Rua Professor Cardoso, para tomar banho de piscina.
Um quarto
irmão, Tiago Henrique da Silva Alexandre, de 12 anos, estava junto e,
percebendo o afogamento, correu para casa para buscar ajuda da irmã mais velha.
O proprietário
estava na residência no momento do incidente, mas, segundo os bombeiros, ele
não teria percebido a invasão. O vizinho, que notou uma movimentação na casa,
viu que se tratava do afogamento de crianças e acionou os bombeiros às 19h30.
De acordo com o
delegado titular da 105ª Delegacia de Polícia, Alexandre Ziehe, os irmãos, que
eram moradores da Servidão José Alves de Paula, próxima ao casarão, fizeram 15
minutos de trilha e entraram pelos fundos da casa. Ele ainda alertou para que
os pais sempre saibam onde estão seus filhos. "Um inquérito vai ser aberto
para apurar as responsabilidades, mas em um primeiro momento foi uma fatalidade
mesmo", disse Ziehe.
"Será
feita perícia minuciosa. Eles desceram um trilha íngreme, o que dificultou que
os idosos (proprietários da casa) vissem qualquer coisa. Os proprietários
cuidavam da segurança, tanto que a piscina tinha grades ao redor",
concluiu o delegado.
Sônia Regina
Pereira, empregada doméstica da casa vizinha, disse que os irmãos já haviam
entrado na caixa d'água de uma outra residência dias atrás.
"Acredito
que, como tamparam a caixa d'água, eles buscaram uma alternativa para se
refrescar. Brincadeira de criança. Eles eram crianças levadas, mas todo mundo
gostava deles. Estamos muito tristes", lamentou Sônia, que tem um filho
que costumava brincar com os irmãos.
Os bombeiros
informaram que ao chegar na residência o próprio pai das crianças, José Ricardo
Alexandre, já havia retirado os corpos da piscina. De acordo com medição feita
pela Defesa Civil, a piscina tem entre 1,10 a 2,45 metros de profundidade (da
parte rasa para a mais funda).
Por volta das
22h, uma viatura fez a remoção dos corpos, que foram encaminhados para o
Instituto Médico Legal, onde vão passar por perícia. Até o fechamento desta
matéria, a ocorrência ainda estava sendo realizada na 105ª DP, no Retiro.
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