(Foto: Armando Paiva/Fotoarena/Folhapress) |
O
candidato do PMDB venceu Marcelo Crivella (PRB), que teve 44,22%.
Luiz
Fernando Pezão, do PMDB, foi reeleito neste
domingo (26) governador do Rio de Janeiro para os próximos quatro anos. A
apuração de 100% das 32.675 urnas terminou às 20h23, pouco mais de de uma hora
e meia após o resultado ser definido. Pezão ficou com 4.343.298 votos, o que
corresponde a 55,78% dos votos válidos. Marcelo
Crivella (PRB) teve 3.442.713 dos votos
(44,22%).
Votos
brancos (3,39%) e nulos (13,96%) somaram 1.635.179 votos. Houve ainda 2.713.771
abstenções (22,36%). Somados brancos, nulos e abstenções, chega-se a 4.348.950
votos, 5.652 a mais que os de Pezão.
O
resultado saiu às 18h45, uma hora e quarenta e cinco minutos depois de as
seções eleitorais terem sido fechadas. Com 94,41% das urnas apuradas, o
candidato já tinha 4.121.804 votos, o que correspondia a 56,07% dos votos
válidos, sem poder ser alcançado por Marcelo Crivella (PRB), que tinha 3.228.973
dos votos (43,93%).
O
governador votou pela manhã em Piraí, no Sul Fluminense, e no fim da
tarde foi para um hotel na Zona Sul do Rio, onde concedeu entrevista coletiva e dedicou
a vitória a Sérgio Cabral: "Ele apostou em mim", disse sobre
o ex-governador.
O
candidato derrotado, Marcelo Crivella, disse que ainda é prematura
qualquer tipo de celebração do PMDB."Treze pedidos de cassação de
registro do nosso adversário por abuso do poder econômico e abuso do poder
político ainda não foram julgados. A luta continua nos tribunais, vou acompanhar
o julgamento das 13 ações que o MP propôs". Ele disse que seu
partido, o PRB, poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), em caso de
derrota no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele deu entrevista coletiva
no escritório do partido, no Centro do Rio.
O
dia de votação teve 174
detenções por crimes
eleitorais no estado, sendo mais de 50 na capital, segundo o Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-RJ). Entre os detidos, esteve a deputada
federal eleita Cristiane Brasil (PTB),
filha do ex-deputado condenado no escândalo do mensalão Roberto Jeferson. Ela
foi encaminhada à delegacia após ser pega fazendo boca de urna em favor do
candidato à presidência Aécio Neves. Após prestar depoimento, foi liberada.
O
sistema biométrico usado para identificação de eleitores funcionou bem desta
vez. Longas filas e atrasos que prejudicaram a votação e a apuração no primeiro
turno não foram repetidos, com as seções eleitorais encerrando suas atividades
nos horários previstos.
Campanha
No primeiro turno, o candidato à reeleição, ficou com 40,57% dos votos válidos,
seguido do senador Marcelo
Crivella, com 20,26%, que conseguiu a vaga para segundo turno após
disputa acirrada com Anthony Garotinho (PR) que teve 19,73%.
Durante os 20 dias de campanha no segundo turno, Pezão priorizou o corpo a corpo com a população e buscou novas alianças e apoios de partidos e políticos eleitos, como o ex-jogador e senador eleito Romário (PSB). Romário, com quase cinco milhões de votos, se encontrou com Pezão e anunciou o apoio depois de o candidato ter se comprometido com três pontos do seu programa político.
Durante os 20 dias de campanha no segundo turno, Pezão priorizou o corpo a corpo com a população e buscou novas alianças e apoios de partidos e políticos eleitos, como o ex-jogador e senador eleito Romário (PSB). Romário, com quase cinco milhões de votos, se encontrou com Pezão e anunciou o apoio depois de o candidato ter se comprometido com três pontos do seu programa político.
No
total, Pezão acrescentou mais três partidos ( PROS, PDT e PT do B), à
aliança inicial de 18 partidos que deram apoio à sua candidatura no primeiro
turno. Dez dos 11 prefeitos petistas do estado também declararam apoio a Pezão,
mas o candidato derrotado Lindberg Farias e o presidente do PT-RJ, Washington
Quaquá, ficaram com Crivella.
No plano nacional, no dia seguinte à eleição, Pezão se reuniu com o vice-presidente da República, Michel Temer, também do PMDB, para conversar sobre alianças para o segundo turno das eleições."O meu partido decidiu em conferência nacional apoio à presidenta Dilma. Vou manter o que meu partido decidiu a nível nacional. Mas também quero apoio", disse Pezão na época.
No plano nacional, no dia seguinte à eleição, Pezão se reuniu com o vice-presidente da República, Michel Temer, também do PMDB, para conversar sobre alianças para o segundo turno das eleições."O meu partido decidiu em conferência nacional apoio à presidenta Dilma. Vou manter o que meu partido decidiu a nível nacional. Mas também quero apoio", disse Pezão na época.
Ao
longo da campanha, o candidato costumava comentar sobre a diversidade de apoios
que vinha recebendo. Segundo ele, ninguém governa sozinho. "O Estado do
Rio é muito diverso e você tem que ouvir muito. É um estado que é o tambor
cultural do país e não tem um partido do que consegue fazer a sua maioria.
Temos que governar com força grande", afirmou.
No
início do segundo turno, ele disse que a campanha não seria fácil e que, se no
primeiro turno apanhava de quatro, agora iria apanhar só de um, se referindo ao
candidato Marcelo Crivella, com quem trocou farpas durante toda a campanha.
Pezão acusou Crivella de ter iniciado os ataques atribuindo-lhe vários apelidos. Durante os vários debates e encontros de que participaram o tom da campanha esquentou, mas Pezão sempre negou que estivesse aumentando o tom ao falar das ligações do adversário com a Igreja Universal. "Minha aliança é muito clara. Não sou testa de ferro de ninguém. Isso é que tem que ficar bem claro para a população. A gente mostrar o que está por trás da candidatura dele", disse, referindo-se à ligação do senador com a Igreja Universal do Reino de Deus.
Promessas e Propostas
Pezão acusou Crivella de ter iniciado os ataques atribuindo-lhe vários apelidos. Durante os vários debates e encontros de que participaram o tom da campanha esquentou, mas Pezão sempre negou que estivesse aumentando o tom ao falar das ligações do adversário com a Igreja Universal. "Minha aliança é muito clara. Não sou testa de ferro de ninguém. Isso é que tem que ficar bem claro para a população. A gente mostrar o que está por trás da candidatura dele", disse, referindo-se à ligação do senador com a Igreja Universal do Reino de Deus.
Promessas e Propostas
Em sua campanha, o candidato do PMDB reafirmou promessas como a ampliação de investimentos e construções de unidades habitacionais no Estado do Rio. Pezão disse que quer combater o déficit habitacional desapropriando terrenos. Ele defendeu a desburocratização do estado e considerou fazer pactos para a redução da carga tributária; e defendeu o bilhete único nos transportes como uma revolução que permitiu maior taxa de empregabilidade. Pezão também prometeu levar as UPPs para o Norte do estado e disse que pretende aumentar o número de policiais militares abrindo mais um concurso para preencher seis mil vagas.
Acabar
com a falta d'água na Baixada Fluminense foi uma das promessas de Pezão nas
várias visitas que fez às cidades da região. Ele também garantiu a pavimentação
de todas as ruas da região e o investimento em Clínicas da Família. A ampliação
do programa de concessão de microcrédito nas favelas e em comunidades em vias
de pacificação, a triplicação dos centros educacionais tecnológicos do estado e
ampliação do número de comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora no
estado, com a contratação de mais 11 mil policiais militares, foram as
promessas do candidato durante a campanha.
Na
área dos transportes, ele disse que pretente levar o metrô até o Méier e
Madureira, implantar a Linha 3 para São Gonçalo e construir sete BRTs em São
Gonçalo e na Baixada Fluminense. Para a educação, ele disse que vai expandir o
programa "Dupla Escola" a 75 colégios do estado, implantando ensino
integral com conteúdo conectado ao mercado de trabalho.
Fonte: G1
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