Márcio
França diz que já conversa com Geraldo Alckmin, candidato à reeleição em São
Paulo
O atual
cenário eleitoral, segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, coloca as
candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) no segundo turno das
eleições para a Presidência da República. Se os números se confirmarem em 5 de
outubro e Aécio Neves (PSDB) ficar de fora, os tucanos tendem, quase que
naturalmente, a apoiar Marina. A avaliação é do presidente do PSB em São Paulo,
Márcio França, candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).
No começo da
campanha, Marina Silva defendia que o PSB tivesse candidatos próprios nos
grandes centros, inclusive em São Paulo. O partido, porém, optou por apoiar
Geraldo Alckmin no Estado, já que França era secretário de Turismo e trabalhava
havia quatro anos nessa aliança. A condição da candidata foi, então, que a
imagem dela não fosse exibida com a dos tucanos.
Em
entrevista ao R7, França falou que, no segundo turno, Marina tenderá a
reavaliar essa posição.
— Nós temos
o Alckmin, que teoricamente poderia estar aí apoiando [a Marina] e temos o
Padilha e o Skaf que estarão apoiando a Dilma. Então, eu não tenho dúvida que
ela [Marina] aceitaria o apoio. [...] Eu acho que todos eles, não só o Geraldo,
o próprio Aécio, que tiverem esse movimento, ela tem que receber de bom grado.
O vice na
chapa de Alckmin afirmou ainda que conversa com Alckmin sobre o segundo turno
nas eleições presidenciais.
— O
governador já me deu sinais de [apoio] em uma eventual situação dessas, assim
como eu dei, que no oposto [caso Aécio vá para o segundo turno] a gente faria o
oposto. Agora, é claro que em uma questão de respeito, você não vai fazer isso
antes [do primeiro turno].
França
também falou sobre a vantagem de Marina sobre Aécio em São Paulo, principal
colégio eleitoral do País com 32 milhões de eleitores.
— A chapa
Geraldina [Geraldo e Marina] surgiu da vontade do povo de escolher alguém que
tivesse o perfil de honestidade junto com o perfil de derrotar o PT. Aí não tem
controle.
“O PSDB está
disputando o segundo lugar há 12 anos”, diz Marina
Santinhos
O presidente
do PSB-SP informou que recusou material impresso pela campanha de Marina Silva,
que excluía Geraldo Alckmin, para ser distribuído no Estado nessas últimas
semanas de campanha. Após o veto, França disse que a própria candidata à
Presidência autorizou a confecção de santinhos com ambos os nomes.
— O Geraldo
fez material com a Marina a meu pedido. E eu pedi que a Marina fizesse com o
Geraldo. Eles rodaram sem o Geraldo. Aí nós devolvemos o material. Aí eles
rodaram com. E quem autorizou foi a Marina, com o número de todos eles, o que é
respeitar a vontade do partido em São Paulo.
Pesquisa
França
minimizou o resultado da última pesquisa Datafolha. O levantamento mostra que
Marina Silva caiu sete pontos desde o começo do mês – de 34% para 27% das
intenções de voto.
— É
oscilação, por conta da diferença do tempo de exposição na TV.
Ele aposta
em uma disputa equilibrada no segundo turno, quando os dois candidatos terão
tempo igual no rádio e na TV. França falou que a grande dificuldade da campanha
do PT será lidar com Dilma, que “está ficando agressiva”.
— Ela
[Dilma] está mais segura, achando que vai ganhar mesmo, e aí ela começa a
revelar ela própria.
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