Palestinos que moram na região estão sem energia elétrica
A aviação militar israelense bombardeou nesta terça-feira (29)
a única central elétrica da faixa de Gaza, informaram palestinos que moram
próximo ao local.
Fotos da região exibem altas nuvens negras de fumaça no céu.
Várias regiões da faixa de Gaza estão sem energia elétrica, ao mesmo tempo em
que continuam os ataques israelenses.
Mais de 20 mil pessoas fugiram de suas casas nas últimas
horas, somando-se aos 200 mil desabrigados e refugiados desde o início dos
ataques, em 8 de julho. A população da faixa de Gaza é de 1,8 milhão de
habitantes.
Os novos refugiados são majoritariamente das regiões de
Izzet Abed Rabbo e Zaitun. Eles receberam ordens das forças israelenses para
evacuarem suas casas devido a iminentes bombardeios.
Os ataques de hoje já deixaram 26 mortos, sendo nove
mulheres e quatro crianças. De acordo com os serviços palestinos de resgate, a
ofensiva israelense contabiliza 1.113 vítimas desde o dia 8 de julho.
Nas primeiras horas do dia, os bombardeios atingiram Rafah e
o campo de refugiados de Bureij. Um dos líderes do Hamas, Ismail Haniyeh, teve
sua casa abatida. As sirenes de alarmes, porém, também soam em Tel Aviv, onde
teriam sido interceptados ao menos três foguetes do Hamas.
Por sua vez, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei,
chamou Israel de "um cão raivoso" e acusou o país de estar cometendo
um "genocídio" em Gaza.
"Um cão raivoso, um lobo selvagem que ataca sempre
pessoas inocentes, crianças que perdem a vida sem culpa alguma. É isso que
fazem os líderes do regime sionista. É um genocídio, uma catástrofe
histórica", disse Khamenei.
"O mundo inteiro, particularmente o islâmico, deve
armar o povo palestino [para se defender dos israelenses", acrescentou.
Para o líder iraniano, os Estados Unidos e os países europeus apóiam a
desmilitarização dos palestinos para que Israel possa atacar a faixa de Gaza
"a qualquer momento".
As declarações de Khamenei foram dadas em um discurso
transmitido em rede nacional por ocasião do fim das celebrações do Ramadã.
Israel lançou no dia 8 de julho a ofensiva "Margem
Protetora" com o objetivo de enfraquecer o Hamas. Os ataques começaram após
três jovens israelenses serem sequestrados e mortos na Cisjordânia.
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