Corpo da universitária, de 26 anos, foi encontrado em
apartamento de amigos
A uruguaia Martina Piazza Conde, que estudava Antropologia
na Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) do Brasil e
estava desaparecida desde o domingo, foi encontrada morta na noite da última
quinta-feira (6) com aparentes sinais de enforcamento, em Foz do Iguaçu (PR),
informou nesta sexta-feira (7) o centro acadêmico.
O corpo da universitária, de 26 anos e que vivia há três em
Foz do Iguaçu, onde fica a Unila, foi encontrado no apartamento de amigos da
vítima, que estaria cuidando do local enquanto os donos viajavam.
"As investigações para identificar a causa e o dia do
óbito estão em andamento pela Polícia Civil", informou a Unila em
comunicado no qual lamentou o falecimento do estudante do curso de Antropologia
e Diversidade Cultural Latino-Americana.
A Unila, criada pelo governo federal para oferecer cursos em
português e espanhol a estudantes de países latino-americanos, declarou luto
oficial de três dias e convidou a toda a comunidade universitária a
"prestar solidariedade, neste momento tão difícil, aos estudantes,
especialmente aos seus colegas uruguaios, e aos familiares".
Segundo a polícia do Paraná, que a procurava desde a
segunda-feira (3), os proprietários do apartamento disseram que viajaram
durante o carnaval e que haviam pedido à colega uruguaia que cuidasse da casa.
A polícia não divulgou as causas da morte, mas admitiu que
havia sinais de estrangulamento e afirmou não descartar a hipótese de
homicídio.
O corpo da jovem uruguaia será conduzido ainda hoje ao
Instituto Médico Legal de Foz do Iguaçu para os exames legista que poderão
esclarecer a causa da morte.
Os investigadores responsáveis pelo caso disseram que já
solicitaram imagens das câmaras de segurança na edificação em que foi
encontrado o corpo para tentar identificar qualquer movimento suspeito.
A família da estudante já havia solicitado à Interpol no
Uruguai que ajudasse na localização da universitária, com a qual não voltaram a
ter contato desde domingo, quando conversaram por telefone.
Os familiares de Martina chegaram a liderar campanhas nas
redes sociais para buscar ajuda na busca da estudante, que usou sua conta do
Facebook pela última vez no sábado.
Segundo amigos, a universitária estava concluindo sua
monografia para se formar antropóloga e pretendia retornar a Montevidéu ainda
este ano.
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