Amanhã, terça-feira, haverá mais uma assembleia.
Após três tentativas de votação em uma assembleia que durou cerca
de quatro horas, os profissionais de educação da capital fluminense decidiram
hoje (30) manter a greve até a próxima terça-feira (3). Neste dia, haverá mais
uma assembleia. A reunião de hoje foi marcada por debates entre um grupo que
desejava manter a paralisação e outro que queria voltar a lecionar e ao estado
de greve.
Nesta
sexta-feira, os docentes completaram 22 dias de greve, com adesão de 80%
da categoria, segundo o Sindicato Estadual de Profissionais de Ensino (Sepe).
A
coordenadora do sindicato na capital, Susana Gutierrez, disse que houve avanço
nas negociações com a prefeitura do Rio, mas destacou que a principal
reivindicação, a autonomia de ensino, ainda não foi atendida.
“A
autonomia pedagógica é o professor ter o direito de construir o projeto
político-pedagógico da escola, quais métodos ele vai utilizar. Nós temos um
currículo único, isso não é problema, mas a forma como você vai dar esse
currículo, ressaltou Susana.
Na
edição de sexta-feira (30) do Diário
Oficial do Município do Rio, a prefeitura publica atos que foram
acordados com o Sepe. Entre eles estão a climatização, até o fim deste ano, de
mais 130 escolas; a criação do grupo de trabalho para definir um terço da carga
horária; e a adoção de cadernos pedagógicos consultando, previamente, os
docentes. O Sepe disse que as reivindicações atendidas foram “uma vitória”, no
entanto “ainda há muito para se batalhar”.
A
Secretaria Municipal de Educação não informou, até o fechamento da matéria, o
número de alunos sem aulas e o percentual de adesão dos professores à greve.
Os
profissionais de ensino da rede estadual, que também estão em greve desde o dia
8 de agosto, estão reunidos em assembleia, para decidir se mantém a paralisação.
A categoria reivindica reajuste salarial de pelo menos 16% e a fidelização da
matrícula em uma única escola. Na terça-feira (27), o governo do estado
informou, em nota, que “compartilha da opinião sobre a fidelização de uma
matrícula por escolas, mas alerta, "que, por menor que seja o número com o
qual ocorre o contrário, a mudança não pode ser feita imediatamente”. Sobre o
reajuste, informou já ter concedido 8% para a categoria neste ano e que não há
possibilidade de novo aumento.
Fonte: Agência Brasil

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