(Foto: Gabriel D'Alexandria) |
Caroline
Neves da Silva ficou entre as melhores em competição nos EUA.
Ela é considerada uma revelação da dança, mas não tem patrocínio.
Em Cabo Frio um jovem talento do balé clássico
coleciona títulos e oportunidades de mostrar a arte pelos quatro cantos do
mundo. Dançando balé há apenas quatro anos, Caroline Neves da Silva, de 19
anos, conquistou prêmios e bolsas internacionais. Conhecido pela exigência na
execução das coreografias e pelo encanto dos figurinos impecáveis, o balé é
considerado como um dos estilos de dança tecnicamente mais difíceis do mundo.
Sem hesitar frente ao desafio, Caroline calçou as sapatilhas e ganhou o mundo
da dança, surpreendendo até a si mesma.
"Eu
gostava de dançar, mas não o balé. Até que um dia eu fui levada pelas minhas
amigas da escola para uma companhia de dança da cidade e fiz um teste que me
deixou surpresa. Todos me elogiavam demais, ficaram impressionados comigo e eu
não entendia o motivo porque eu nunca havia feito aula de dança. Conclusão,
fiquei na companhia de balé e conquistei um título de bailarina revelação da
Região dos Lagos em apenas três meses de curso'', relembrou a jovem bailarina.
Esbanjando
talento, não levou muito tempo até Caroline buscar novos caminhos no mundo da
dança. A bailarina trocou de companhia de dança e se aprofundou nas
técnicas do balé clássico. O resultado da mudança são títulos conquistados pelo
Brasil e estudo em outros países.
"Em
2008, conquistei o 2° lugar no Seminário de Dança em Brasilia. Dois anos
depois, fiquei entre as 12 melhores da América Latina na competição
internacional 'Prix de Lausanne', na Argentina. Depois, em 2011, participei de
uma seletiva para o Youth America Grand Prix (YAGP) e consegui uma vaga para
concorrer a bolsas de estudos em Nova York e fui estudar em Mônaco, em 2012",
contou. Desde o início da carreira, ela coleciona 20 títulos, além das
indicações para premiações por todo o Brasil.
"A
minha última conquista foi nos Estados Unidos, neste ano. Eu participei
novamente do YAGP, que é um dos mais importantes concursos de dança do mundo e
consegui ficar no top 12 entre todos os participantes. Com isso, eu acabei
ganhando 11 bolsas para estudos e contrato de trabalho pelo mundo. O difícil
vai ser escolher para onde irei, e se vou conseguir recursos para seguir a
minha carreira", explicou.
Falta de patrocínio
São anos de ensaio, de amor e dedicação pelo balé clássico que resultaram em conquistas e indicações para escolas internacionais que são referência da dança no mundo. Contudo, segundo Caroline, ainda não foi possível viver do talento.
São anos de ensaio, de amor e dedicação pelo balé clássico que resultaram em conquistas e indicações para escolas internacionais que são referência da dança no mundo. Contudo, segundo Caroline, ainda não foi possível viver do talento.
"Até
hoje eu não consegui ganhar dinheiro com o balé e não tenho ajuda de ninguém de
Cabo Frio, que é a minha cidade. O único apoio que tive foi do governo de
Goiânia. A falta de patrocínio atrapalha porque eu não tenho recursos para
viajar sempre que conquisto alguma bolsa. Eu tenho que ir para o Canadá no
final do mês de junho e não consegui comprar as passagens e nem ter o dinheiro
para pagar a estadia, alimentação. Além disso, quero muito usar a bolsa que
ganhei para a Royal Ballet (Londres), que é uma das melhores do mundo, mas o
meu sonho fica ameaçado", lamentou.
Apesar das dificuldades, a ideia de aposentar as sapatilhas jamais foi cogitada, nem mesmo quando torceu o pé em Mônaco. Os médicos locais disseram que ela deveria desistir da carreira, mas ela continuou a ensaiar. Segundo ela, as dificuldades continuam, mas a emoção de estar no palco e brilhar para a plateia mantém o sonho e a esperança por tempos de glória e estrelato.
Fonte: G1 Região dos Lagos
Apesar das dificuldades, a ideia de aposentar as sapatilhas jamais foi cogitada, nem mesmo quando torceu o pé em Mônaco. Os médicos locais disseram que ela deveria desistir da carreira, mas ela continuou a ensaiar. Segundo ela, as dificuldades continuam, mas a emoção de estar no palco e brilhar para a plateia mantém o sonho e a esperança por tempos de glória e estrelato.
Fonte: G1 Região dos Lagos
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