Bombeiros buscam sobreviventes entre escombros na Av. Treze de Maio.
Dois prédios e um sobrado desabaram por volta de 20h30 de ontem, quarta-feira (25), na região da Avenida Treze de Maio, no Centro do Rio de Janeiro, bem atrás do Theatro Municipal, segundo informações do Centro de Operações da Prefeitura. Cinco feridos foram levados ao Hospital Souza Aguiar até 0h desta quinta-feira (26), também no Centro da cidade. Quatro permaneciam internados nesta manhã. No início da madrugada, parentes reunidos na porta do hospital procuravam desaparecidos que estariam nos prédios. Mais tarde, representantes de quinze famílias foram levados a uma sala de apoio na Câmara de Vereadores do Rio, onde aguardavam notícias dos trabalhos de resgate. Ao menos 19 pessoas eram procuradas, de acordo com a prefeitura.
Em entrevista no fim da noite de ontem, o prefeito Eduardo Paes confirmou que, além de um prédio de dez andares e outro de 20 andares, um sobrado, que ficava entre as duas construções, acabou atingido pelos destroços.
Mais cedo, numa entrevista anterior, o prefeito havia comentado sobre as possíveis causas do desmoronamento. "Aparentemente não foi uma explosão, o desabamento aconteceu por um dano estrutural no prédio. Acredito que não tenha sido vazamento de gás", disse o prefeito, que anunciou também a abertura de um posto de informações em frente à agencia da Caixa Econômica Federal, na esquina das avenidas Chile e Rio Branco. De acordo com a empresária Zilene Bernardino, que trabalha no local, o prédio de dez andares fica na Rua Manuel de Carvalho, esquina com a Avenida Treze de Maio, e o outro na própria Treze de Maio. Menos de uma hora depois dos desabamentos, a Defesa Civil Estadual informou que a tragédia deixou 11 vítimas, sem detalhar mortos e feridos.
Cinco dos feridos receberam atendimento no Hospital Souza Aguiar: quatro homens (dois de 37 anos, um de 31 e um de 50 anos) e uma mulher de 28 anos. O quadro mais grave é o da mulher, que teve lesão no couro cabeludo e passou por cirurgia.
Um zelador e um operário, que estava dentro de um elevador, estão entre os feridos retirados com vida dos escombros. As informações são do coronel Sérgio Simões, secretário estadual de Defesa Civil. Ainda de acordo com o coronel, as buscas se concentram em dois pontos sinalizados com a ajuda de cães farejadores. Uma moradora de um prédio vizinho relatou que três andares de um dos prédios passavam por reforma. "De repente, ouvimos um grande barulho e começou a voar tudo", contou a argentina Devora Galavardo, que mora há seis meses em frente ao prédio que desabou. Amigos e parentes cercaram o local em busca de informações sobre pessoas que trabalham na região, enquanto a Guarda Municipal impedia a aproximação, pelo temor de dano estrutural às construções vizinhas.
De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, há 60 homens da corporação no local do desabamento atuando no trabalho de socorro. Há bombeiros dos quartéis da Barra da Tijuca, de São Cristóvão e do Centro. Há 14 viaturas entre ambulâncias, caminhões de água e de escada magirus. O prefeito Eduardo Paes esteve no local. Devido ao desabamento, segue interditado hoje (26) o perímetro que inclui a Rua Evaristo da Veiga; a Almirante Barroso, entre Rio Branco e Senador Dantas; o acesso à Avenida Rio Branco pela Avenida Presidente Vargas e ainda a Avenida República do Chile. A Light desligou a luz nos arredores para evitar incêndios. Vinte viaturas da polícia foram acionadas para isolar a área. Em nota oficial, o Theatro Municipal informou que o desabamento do edifício da Avenida Treze de Maio não causou prejuízos ao prédio, nem danos estruturais. A única parte atingida por escombros foi a bilheteria, no prédio anexo. Nenhum funcionário foi atingido.
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