Beija-Flor levou para a Sapucaí enredo sobre Roberto Carlos. Em São Paulo, maestro João Carlos Martins foi homenageado pela Vai-Vai.
Em 2011, dois grandes nomes da música foram inspiração para as escolas campeãs do carnaval tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. Nesta quarta-feira (9), a Beija-Flor venceu o carnaval do Rio com um enredo em homenagem ao rei Roberto Carlos. A Vai-Vai, eleita campeã em São Paulo na terça-feira (8), homenageou o maestro brasileiro João Carlos Martins.
“Homenagear alguém em vida é muito diferente, porque permite que a pessoa se envolva ativamente na montagem do carnaval. No nosso caso, o envolvimento com o maestro começou ainda em 2006, e essa relação dele com a escola aumentou a empolgação da comunidade na Avenida”, diz ao G1 Renato Maluf, vice-presidente da Vai-Vai. A escola conquistou o título do carnaval paulistano pela 14ª vez.
Para Maluf, um enredo vitorioso não depende apenas da popularidade do homenageado. “Ele [o homenageado] precisa emocionar pela história, com um diferencial, com conteúdo. Acredito que esse seja o caso dos dois [maestro João Carlos Martins e Roberto Carlos]. Ambos têm episódios de superação em suas trajetórias, e isso faz com que a comunidade entre com garra na Avenida, o que conta a favor da escola”, afirma.
João Carlos Martins acredita que o título da Vai-Vai representou a vitória da música clássica. "É o nome de Bach no Sambódromo. Eu tive uma vida cheia de altos e baixos e é um reconhecimento da seriedade dos meus trabalhos, tanto na música quanto na parte social”, diz.
Em entrevista exibida no Jornal Nacional, Roberto Carlos disse que ficou muito emocionado com a homenagem e o título. “Sem dúvida essa é, se não a maior, uma das maiores consagrações da minha vida. Já vivi grandes emoções na minha vida, mas essa foi realmente uma coisa que não encontro a palavra para dizer o que significa para mim."
Neste ano, o carnavalesco da Vai-Vai, Alexandre Louzada, integrou a comissão de carnaval da Beija-Flor de Nilópolis - que conquistou seu 12º título no Rio. Maluf, no entanto, afirma que a proximidade entre as escolas não interferiu na escolha dos enredos. “Quando contratamos o Louzada o enredo em homenagem ao maestro já havia sido escolhido. Foi apenas uma coincidência”, diz.
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