NOTICIAS RIO DE JANEIRO

Troca de mães em hospital

Pronto-Socorro de São Gonçalo muda nome de pacientes, e família enterra mulher errada. Unidade induz jovem a levar senhora sem memória como se fosse a mãe dela e erro só foi descoberto quando ela recuperou a consciência

Duas pacientes que sofreram derrame cerebral em dezembro do ano passado tiveram as identidades trocadas no Pronto-Socorro Geral de São Gonçalo. Uma delas morreu em 29 de dezembro, com enfisema pulmonar, e foi enterrada como Maria Rita Alves dos Santos, 52. A outra recebeu alta há 18 dias como Vilma Maria Caboclo Fernandes, 57, e passou a conviver com nova família. A confusão só foi desfeita quinta-feira, quando Maria Rita recobrou a consciência e provou que não era Vilma.

Ao saber da confusão, Maria Rita passou mal ontem e voltou a ser atendida na mesma unidade que trocara a identidade. Desta vez, porém, para sair de lá, precisou apresentar documentos e testemunhas e fazer exame de DNA para provar que não era mesmo Vilma. 

Na porta do Pronto-Socorro, muita confusão. Parentes de Vilma estavam revoltados em saber que, na verdade, ela fora enterrada como Maria Rita em 30 de dezembro no Cemitério do Pacheco. “Eu estava grávida, passei mal e dei a luz ao meu filho naquele dia. Nem pude ir ao enterro de quem pensava ser minha mãe”, disse Jociane Alves Cardoso, 17 anos, feliz ao descobrir que Maria Rita estava viva. A troca de identidade ocorrera no Setor de Trauma dia 29 de dezembro. “Disseram que ela (Maria Rita) era minha mãe (Vilma). Achamos que não era. Mas o médico disse: ‘Vocês não reconhecem a própria mãe?!’ Desconfiamos desde o início”, enfatiza Luciana Caboclo Fernandes Alves, 31, filha de Vilma. Por 15 dias, ela tratou de Maria Rita em casa, em Queimados, como se fosse a própria mãe. 

Nesse tempo, Maria Rita — ainda se recuperando do AVC — chamava as pessoas por outros nomes. “As duas tinham mancha e pequeno afundamento facial. Eram idênticas”, admirou-se o pedreiro Luiz Fernando Pereira de Pinho, 48 anos, que descobriu ontem estar viúvo.  

O subsecretário de Saúde de São Gonçalo, Daniel da Silva Júnior, minimizou a participação do hospital. “Uma pessoa é reconhecida pela família e quatro meses depois não reconhece mais? Também houve reconhecimento para o enterro”, disse. As duas famílias prometem registrar o caso na 72ª DP (São Gonçalo) e entrar com ação indenizatória contra a prefeitura.

Saúde contrata 300 médicos

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio vai contratar em caráter emergencial médicos para os hospitais Souza Aguiar, Miguel Couto, Salgado Filho e Lourenço Jorge. 

São mais de 300 vagas para especializados em Clínica Médica, Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia de Tórax, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Pediatria, Ortopedia, Anestesia, Radiologia, Neurocirurgia, Oftalmologia e Otorrinolaringologia. O salário dos selecionados será em torno de R$ 3 mil — para jornada de plantão de 24 horas semanais —, com regime de trabalho pela CLT. 

As inscrições começam nesta segunda-feira. O cadastro pode ser feito pelo site www.funrio.org.br ou, pessoalmente, na Faculdade de Direito da UFRJ ( Rua Moncorvo Filho 8, Centro do Rio). O prazo vai até o dia 13, e a taxa de participação custa R$ 25. Os contratados vão começar a trabalhar no dia 1º de maio. A seleção faz parte de um plano da Prefeitura do Rio de reestruturação das quatro maiores emergências da cidade.

Polícia prende três suspeitos de tráfico de drogas na Cidade de Deus

Com eles, foram apreendidas embalagens de maconha e cocaína. Caso foi registrado na 32ª DP, na Zona Oeste do Rio.

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais prenderam na manhã deste sábado (4), na Cidade de Deus,  Zona Oeste do Rio, três homens suspeitos de tráfico de drogas.

 

Com os três suspeitos, foram apreendidos 17 sacolés de cocaína e 139 trouxinhas de maconha.

 

Eles foram detidos na rua Ação de Graças e levados para a 32ª DP (Taquara).

 

Prefeitura do Rio distribui calças de adulto para alunos

Mães tiveram que fazer bainha e até pagar costureira.  Secretaria diz que estudantes poderão ir a aulas sem uniforme até a troca.

Pais de alunos de escolas municipais do Rio foram surpreendidos com a entrega de calças muito acima dos tamanhos de seus filhos. Enquanto uma mãe gastou até R$ 10 com uma costureira para os filhos, outras fizeram, elas mesmas, as bainhas.

 

Segundo a Secretaria municipal de Educação, os casos serão resolvidos, mas ainda não há data prevista, porque a troca depende da disponibilidade da numeração de calças no estoque. Até lá, os alunos que receberam peças com o tamanho errado estão autorizados a frequentar as aulas sem o uniforme.  Entre os que receberam calças muito maiores do que as pernas está um menino de 12 anos, que cursa o 5º ano do Ensino Fundamental na escola Calouste Gulbenkian, na Cidade Nova, no Centro do Rio. Ele veste P e ganhou na última quarta-feira (1º) uma calça tamanho G:  “Todo mundo aqui da escola ganhou calça grande. Vim trocar hoje (3) e eles disseram que não tinha tamanho menor e que não poderiam fazer mais nada. Vou ter que dobrar a calça em cima e em baixo”, contou.Um amigo seu, de 10 anos, também recebeu uma calça maior e sua mãe teve que fazer uma bainha de quase um palmo. 

“Ela ficou larga e grande, mas minha mãe conseguiu arrumar e eu estou usando”, contou.  Já Sandra Gomes tem quatro filhos matriculados na escola Celestino da Silva, na Lapa, Centro do Rio, e vai desembolsar R$ 10 com uma costureira. “Tenho quatro filhos matriculados nesta escola e todos eles receberam calças grandes. Sendo que a minha filha de 10 anos, que é bem pequenininha, recebeu uma calça tamanho GG. Estou com três calças na costureira e vou ter que gastar R$ 10”, contou.

Casos semelhantes

Uma funcionária de uma escola no Centro do Rio, que não quis se identificar, informou ao G1que a própria prefeitura pede uma numeração um pouco acima para que as crianças possam usar por mais tempo os uniformes. 

 

A secretaria municipal de Educação explicou que os pedidos são feitos pelos próprios colégios e repassados à sua respectiva Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

Segundo a secretaria, no início deste ano foram relatados dez casos semelhantes, que já teriam resolvidos com a entrega das calças com a numeração correta.

 

Ainda segundo a secretaria, se no estoque não tiver a numeração adequada para a troca, a prefeitura fará um novo pedido para encaminhá-la ao aluno. De acordo com a assessoria de imprensa, o problema só foi detectado nas escolas da 1ª CRE, que engloba o Centro e Zona Portuária.

Problema será investigado

A partir das informações publicadas na imprensa, eles vão investigar se o problema está acontecendo nas outras escolas do município. Em todo o Rio, 711 mil alunos estudam em 1.062 escolas municipais. “A Secretaria Municipal de Educação informa que todo o aluno que tenha recebido o uniforme com o tamanho errado está autorizado a frequentar as aulas sem o uniforme até que o problema seja resolvido. A determinação já foi encaminhada a todas as Coordenadorias Regionais de Educação. E esclarece que até o momento os problemas foram detectados apenas na 1ª Coordenadoria Regional e estão sendo solucionados. A Secretaria de Educação informa, ainda, que as compras das peças que compõem o uniforme foram realizadas na gestão passada”, diz a nota divulgada pela secretaria.

Ex-prefeito diz que denúncia não procede

O ex-prefeito Cesar Maia afirmou por meio de nota, que o problema de uniformes com tamanhos errados nunca aconteceu durante os 16 anos de sua gestão. De acordo com Maia, os uniformes que chegam com defeito ou com o tamanho errado são devolvidos.

 

"É impossivel de ocorrer pois os uniformes que chegam com defeito ou de tamanho errado são devolvidos e a despesa não confirmada, e assim não liquidada e não paga. Essa é a rotina dos recebimentos. Como é possivel que em 16 anos nunca tenha ocorrido isso e agora ocorra?" respondeu o ex-prefeito.

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