Mudança representa um aumento de
6,52% em relação ao atual valor, que é de R$ 1.412; ministro também falou que a
meta para o próximo ano é de 0% do PIB
O ministro
da Fazenda, Fernando
Haddad, confirmou nesta segunda-feira (15) que o projeto da Lei das
Diretrizes Orçamentárias (PLDO) prevê um salário mínimo de R$ 1.502 para 2025,
um aumento de 6,52% em relação ao atual valor, que é de R$ 1.412. “Não
costumamos antecipar os dados da LDO antes da entrevista oficial, mas vazaram
esses dois dados, e aí a imprensa toda está dando. Até me desculpo por estar
falando disso antes das 17h, que é o horário combinado. Mas, sim, os dados que
eu tenho são esses”, disse o ministro em entrevista a Globonews. A valorização
do salário mínimo é calculada levando em consideração a inflação do ano
anterior e o crescimento do PIB dos dois anos anteriores. Como o projeto da
LDO segue em fase de elaboração, o valor é estimado com base em projeções da
inflação deste ano, medida pelo INPC, e está sujeito a possíveis revisões no
desempenho do PIB de 2023 pelo IBGE.
O salário mínimo é a menor
remuneração que um trabalhador formal pode receber no Brasil. Além
dos trabalhadores com salários atrelados ao piso nacional, os beneficiários de
programas sociais que também têm seus benefícios vinculados a esse valor, como
aposentadorias, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC),
também serão impactados pelo reajuste. As regras para a valorização anual
foram alteradas em agosto do ano passado, com a sanção de uma lei pelo
presidente Lula. A nova política visa proporcionar aumentos reais aos
trabalhadores e beneficiários de programas sociais que utilizam o salário
mínimo como referência em seus cálculos.
Haddad também destaca a
importância do controle da inflação para equilíbrio das contas públicas, e
falou sobre a meta fiscal de 2025, que seguira o mesmo padrão da desde ano
‘meta fiscal zero’ com uma alta gradual até chegar a 1% do PIB (Produto Interno
Bruto) em 2028. O ministro também reforçou a influência dos juros externos,
especialmente o patamar dos juros norte-americanos, que impactam a economia
brasileira. Sobre a taxa terminal dos juros, Haddad afirmou que essa questão se
tornará mais relevante no segundo semestre, dependendo do cenário econômico.
Ele ressaltou a importância de acompanhar as decisões dos bancos centrais dos
Estados Unidos e da Europa, que podem influenciar as políticas de juros no
Brasil.
Haddad enfatizou que o
crescimento econômico aliado à baixa inflação é essencial para lidar com a
trajetória da dívida pública. Além disso, destacou o papel das reservas
cambiais brasileiras na proteção da economia e mencionou o desafio de encontrar
soluções para países endividados durante o G20.
Por da Redação/JP
*Reportagem produzida com auxílio
de IA
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