Jonas Gonçalves da Cruz Junior,
de 40 anos, procurou atendimento várias vezes antes de ser internado em estado
grave.
Jonas Gonçalves da Cruz Junior,
de 40 anos, morreu na última sexta-feira (12) vítima de dengue hemorrágica,
segundo atestado de óbito emitido pelo Hospital São José, em Teresópolis,
na Região Serrana do Rio.
A família da vítima, no entanto,
denuncia negligência médica por parte da instituição, alegando que Jonas
procurou atendimento diversas vezes e foi orientado a retornar para casa, mesmo
apresentando sintomas graves que apontavam que ele estaria também com pneumonia.
Grasiela Gonçalves, mulher de
Jonas, afirma que a médica que o internou na quarta-feira (10) reconheceu que
ele deveria ter sido internado ainda na segunda-feira, quando o raio-x do
pulmão já mostrava sinais de pneumonia avançada.
Apesar de não possuir documentos
que comprovem essa afirmação, ela reuniu as cópia dos exames de raio-x que o
marido realizou e planeja denunciar o caso à polícia.
"Quando a médica atendeu,
mostrei que o corpo dele estava todo pintado, e ela disse que não tinha
problema. Depois, o estado dele estava gravíssimo. Fiquei sabendo que o que
levou ele a óbito foi uma pneumonia, e isso não acontece de uma hora para
outra", conta Grasiela.
Jonas foi ao hospital pela
primeira vez na quinta-feira, no dia 4 de abril, com dores e mal-estar, onde um
exame de sangue confirmou dengue, segundo a família. Ele retornou ao hospital
na segunda-feira, dia 8, e novamente na terça-feira, dia 9, ficando no soro das
14h às 19h, mas foi liberado em ambas as ocasiões. Somente na quarta-feira, dia
10, com o agravamento de seu estado, ele foi internado, morrendo dois dia
depois.
Hospital nega negligência
Em nota oficial, o Hospital São
José nega qualquer negligência médica no caso de Jonas Gonçalves da Cruz
Junior. A instituição afirma que todos os procedimentos adotados seguiram os
protocolos clínicos para casos de dengue e que a internação do paciente ocorreu
no momento oportuno, quando seu quadro apresentou piora significativa.
"Os exames realizados não
tinham alterações significativas, que justificassem a internação do mesmo até
quarta-feira, dia 10, quando foi internado ao apresentar um piora no quadro e
rápida progressão da doença", diz a nota.
Por Marcus Wagner, g1 —
Teresópolis
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