Tagliaferro atuou ao lado de Moraes durante sua presidência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo responsável pela elaboração de relatórios sobre políticos, influenciadores e veículos de comunicação que, segundo o tribunal, disseminavam desinformação sobre as instituições públicas e o processo eleitoral.
A iniciativa do parlamentar surge
após a Polícia Federal (PF) indiciar Tagliaferro, em 2 de abril de 2025, pelo
crime de violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública. A
investigação está relacionada ao vazamento de mensagens trocadas entre o
ministro e servidores do STF e do TSE. Segundo a PF, o ex-assessor teria
repassado informações sigilosas a um jornalista da Folha de S.Paulo enquanto
exercia cargo na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
Em relatório, os investigadores
apontam que ele “praticou, de forma consciente e voluntária” a violação de
sigilo. A apuração se baseou em depoimentos e na quebra de sigilo telemático
autorizada pela Justiça. O documento afirma que, em abril de 2024, Tagliaferro
relatou à esposa o envio de dados ao jornalista. “O diálogo deixou evidente que
Eduardo divulgou ao jornalista informações que foram obtidas enquanto ele
laborava na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Estas
informações deveriam ser mantidas em sigilo“, diz o relatório da PF.
Embora o requerimento de Nikolas
Ferreira ainda precise ser aprovado pela comissão, o comparecimento de
Tagliaferro não é obrigatório, por tratar-se de um convite, e não de uma
convocação. Mesmo assim, o deputado afirmou que é essencial dar transparência
ao caso.
“O Brasil precisa conhecer a
verdade. As recentes mensagens lançam luz sobre possíveis abusos de autoridade
e ações incompatíveis com o Estado Democrático de Direito. A sociedade merece
respostas transparentes”, declarou Ferreira.
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