Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa durante uma cerimônia para comemorar o 43º aniversário da guerra entre a Argentina e o Reino Unido pelas Ilhas Falkland (chamadas de Las Malvinas pela Argentina) no 'Cenotáfio aos Mortos da Guerra das Malvinas' em Buenos Aires. Luis ROBAYO / AFP.
Segundo a chancelaria argentina e
resoluções da ONU, o princípio da autodeterminação dos povos não é aplicável no
caso das Malvinas
O presidente argentino, Javier Milei,
afirmou, nesta quarta-feira (2), querer uma Argentina “potência”
para que os habitantes das ilhas Malvinas “prefiram ser argentinos”, em um
discurso comemorativo da guerra contra o Reino Unido pela soberania do
território. Nesta quarta, durante um ato em Buenos Aires, o presidente Milei
assegurou que busca que a Argentina seja uma potência para que os malvinenses
“prefiram ser argentinos e que nem mesmo se necessite de dissuasão ou
convencimento para consegui-lo”. Segundo a chancelaria argentina e resoluções
da ONU, o princípio da autodeterminação dos povos não é aplicável no caso das
Malvinas. A especificidade consiste no fato de que o Reino Unido “ocupou as
Ilhas à força em 1833, expulsou sua população originária e não permitiu seu retorno,
violando a integridade territorial argentina”.
Há quase 200 anos a Argentina
reivindica este arquipélago, situado a 600 km de sua costa no Atlântico Sul,
cenário de um conflito bélico entre 2 de abril e 14 de junho de 1982, que
terminou com a vitória do Reino Unido e um balanço de 649 argentinos e 255
britânicos mortos. O Reino Unido repudia qualquer pretensão argentina e
considera que os cerca de 3.600 habitantes das “Falkland Islands” devem ter
direito à autodeterminação. Cercado de funcionários do Executivo, pessoal
do exército e um punhado de veteranos daquele conflito, Milei assegurou que seu
governo almeja “que os malvinenses decidam algum dia votar com os pés em
nós”. Esta expressão implica a possibilidade que os cidadãos têm de
manifestar suas escolhas e se deslocarem para o território onde as políticas se
aproximam mais de suas preferências.
Milei acusou os governos que o
antecederam de prejudicar a reivindicação argentina de soberania com “as
decisões econômicas e diplomáticas da casta política”, como ele se refere a
grande parte dos opositores. “Ninguém pode levar a sério a reivindicação
de uma nação, cuja liderança é conhecida no mundo por sua corrupção e
incompetência”, assinalou. No passado, Milei gerou controvérsia por se declarar
um admirador da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, à frente do governo
britânico na época da guerra com a Argentina.
Com informações da AFP
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